Crédito imobiliário cai 14,2% em outubro e totaliza R$ 14,7 bilhões

Os financiamentos para a compra e a construção de imóveis no país atingiram R$ 14,7 bilhões em outubro, o que representa uma queda de 14,2% em relação ao mesmo mês do ano passado e uma baixa de 8,8% em relação a setembro deste ano. Apesar do recuo, o volume de financiamentos de outubro foi o segundo maior da série histórica.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (21) pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), e consideram apenas as operações realizadas com recursos da caderneta de poupança, do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). Não entram no cálculo os financiamentos no âmbito do CVA (Casa Verde e Amarela), que utilizam recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

No acumulado de janeiro a outubro de 2022, os financiamentos totalizaram R$ 151,2 bilhões, um encolhimento de 12% perante os mesmos meses de 2021.

Em termos de quantidade de casas e apartamentos financiados, foram 59,3 mil unidades. Comparado a setembro, houve retração de 4,1%, e em relação a outubro do ano passado, observou-se recuo de 16,6%.

Entre janeiro e outubro de 2022, foram financiados 618,9 mil imóveis, resultado 15,7% inferior ao mesmo período de 2021.

A Abecip também divulgou dados do Banco Central mostrando que a poupança - fonte do crédito imobiliário - teve uma captação líquida negativa de R$ 9,4 bilhões. No acumulado do ano, houve uma saída de R$ 82,3 bilhões em recursos da poupança.

A associação apontou que a perda de recursos da caderneta pode ser explicada por dois fatores: a redução da renda familiar combinada com a alta da inflação, que comprometem a capacidade de parte da população em manter suas reservas; e a Selic em patamar elevado reduziu a competitividade dos rendimentos da poupança frente aos demais produtos de investimento.

Resultado por banco

A Caixa Econômica Federal liderou a concessão de financiamentos no mês de outubro: foram R$ 7,9 bilhões. Na sequência vieram Itaú Unibanco, com R$ 3,1 bilhões, Bradesco, com R$ 2 bilhões, Santander, com R$ 760 milhões, e Banco do Brasil, com R$ 558 milhões.

No acumulado de janeiro a outubro, as posições se mantêm as mesmas. A Caixa foi a instituição que mais concedeu crédito imobiliário, totalizando R$ 81,5 bilhões. Na sequência vieram Itaú-Unibanco (R$ 33,2 bilhões), Bradesco (R$ 18 bilhões), Santander (R$ 7,8 bilhões), e Banco do Brasil (R$ 5 bilhões).