Desemprego cai em dois estados no terceiro trimestre do ano, mostra IBGE
País registrou 6 milhões de pessoas desocupadas, o menor valor da série histórica iniciada em 2012, segundo o IBGE
Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília
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A taxa de desemprego caiu em dois estados do Brasil no terceiro trimestre de 2025, no Rio de Janeiro e no Tocantins. Nas outras 25 unidades da federação, o índice ficou estável. Os dados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os estados que apresentaram maior taxa de desocupação foram:
- Pernambuco (10%)
- Amapá (8,7%)
- Bahia (8,5%)
Já as menores foram registradas em Santa Catarina (2,3%), Mato Grosso (2,3%), Rondônia e Espírito Santo (ambas com 2,6%).
No terceiro trimestre do ano, a taxa de desemprego no país foi de 5,6% e repetiu o menor índice da série histórica iniciada em 2012.
O país registrou 6 milhões de pessoas desocupadas, o menor contingente da série histórica, recuando 3,3% (ou menos 209 mil pessoas) no trimestre e caindo 11,8% (menos 809 mil pessoas) no ano.
Desemprego é maior entre mulheres e negros
A desocupação foi de 4,5% para os homens, enquanto para mulheres chegou a 6,9%. Por cor ou raça, essa taxa ficou abaixo da média nacional para os brancos (4,4%) e acima para os pretos (6,9%) e pardos (6,3%).
O desemprego para as pessoas com ensino médio incompleto (9,8%) foi maior que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 5,8%, quase o dobro da verificada para o nível superior completo (3%).
Carteira assinada
O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 74,4% no terceiro trimestre. Os maiores percentuais de empregados com carteira estavam em Santa Catarina (88%), São Paulo (82,8%) e Rio Grande do Sul (82%), e os menores, no Maranhão (51,9%), Piauí (52,4%) e Paraíba (55,3%).
Já o percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,3%. As maiores taxas foram no Maranhão (33,1%), Pará (29,9%) e Amapá (29,1%) e as menores, no Distrito Federal (17,5%), Acre (19,3%) e Goiás (21,5%).
Taxa de informalidade
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 37,8% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (57%), Pará (56,5%) e Piauí (52,7%) e as menores, com Santa Catarina (24,9%), Distrito Federal (26,9%) e São Paulo (29,3%).
Renda média
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.507) foi recorde, ficando estatisticamente estável no trimestre e crescendo 4% no ano.
Na comparação trimestral, o Sul (R$ 4.036) e o Centro-Oeste (R$ 4.046) foram as regiões com alta estatisticamente significante do rendimento, enquanto nas demais houve estabilidade.
Em relação ao terceiro trimestre de 2024, o rendimento cresceu no Nordeste, Sul e Centro-Oeste.
Desalentados e subutilização
O percentual de desalentados do país no terceiro trimestre de 2025 foi de 2,4%. Maranhão (9,3%), Piauí (7,9%) e Alagoas (7,8%) tinham os maiores percentuais, enquanto os menores estavam em Santa Catarina (0,3%) e Mato Grosso (0,7%).
A seguir, vinham Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul (os três com 0,8%).
Essa categoria é classificada como todos aqueles com mais de 14 anos que estavam fora do mercado de trabalho, mas que não estão buscando por trabalho.
A taxa composta de subutilização (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 13,9%.
Piauí (29,1%) teve a maior taxa, com Sergipe (26,5%) e Bahia (26,2%) a seguir. As menores taxas foram de Santa Catarina (4,4%), Mato Grosso (6%) e Espírito Santo (6,1%).
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