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Dólar cai após três recordes seguidos e vale R$ 4,21

Moeda norte-americana despencou 1% após intervenção do BC e revisão dos dados da balança comercial de outubro

Economia|Do R7

Dólar se aproximou de R$ 4,28 no início da semana
Dólar se aproximou de R$ 4,28 no início da semana Dólar se aproximou de R$ 4,28 no início da semana

Depois de fechar em máximas recordes por três sessões seguidas, o dólar recuou nesta quinta-feira (28) e fechou o dia negociado a R$ 4,216. A queda de 1% foi guiada por intervenções do BC (Banco Central) diante da disparada recente da moeda norte-americana e revisão dos dados sobre a balança comercial de novembro.

A disparada recente da moeda, que chegou a se aproximar dos R$ 4,28 na máxima intradia de terça-feira, foi desencadeada por comentários do ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou que o dólar "tende a ir para um lugar mais alto".

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Depois da fala do ministro, os mercados começaram a forçar o patamar da moeda, em busca de sinais de intervenção do Banco Central, estressando o dólar a níveis históricos. O BC respondeu, promovendo leilões extraordinários para satisfazer a demanda.

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Pelas novas informações divulgadas nesta quinta-feira (28), o Brasil acumulou nas quatro primeiras semanas de novembro saldo comercial positivo de US$ 2,7 bilhões. O país exportou nas quatro primeiras semanas deste mês o equivalente a US$ 13,5 bilhões, ante US$ 9,7 bilhões reportados antes.

Na segunda-feira, o ministério havia informado déficit comercial de US$ 1,099 bilhão no acumulado de novembro. Naquele dia, o dólar fechou numa máxima histórica, impulsionado pelos fracos números da balança e de transações correntes.

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Entre terça e quarta, o BC realizou três ofertas líquidas de dólar à vista, informando as operações no decorrer do pregão. Mas ao final da quarta-feira, a autoridade monetária anunciou estratégia diferente ao anunciar oferta líquida de até US$ 1 bilhão em moeda à vista para o pregão desta quinta-feira, em tentativa de melhorar a previsibilidade ao mercado.

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"[O Banco Central está] deixando claro que não está satisfeito com o atual patamar da moeda e que tem 'artilharia' suficiente para dar uma resposta ao mercado", explicou em nota Jefferson Rugik, da Correparti Corretora.

A intervenção forneceu certo alívio para o real no início da sessão, mas Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria, alertou para a permanência da volatilidade nos mercados. "A queda inicial não pode ser tomada como definitiva", disse. "O mercado ainda não achou referência para a taxa de câmbio. Ainda é um quadro muito volátil."

Segundo Campos Neto, em caso de nova aproximação do dólar a recordes, há probabilidade de ainda mais atuação do Banco Central, caso seja identificado um movimento exagerado e fora de contexto.

Nesta sessão, o Banco Central vendeu todo o lote de US$ 1 bilhão em moeda à vista ofertados no leilão extraordinário. O BC fez ainda a rolagem de todos os 15.700 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão nesta quinta.

Mais cedo, a autoridade monetária não aceitou propostas para a oferta de US$ 785 milhões à vista, em operação casada com leilão de até 15.700 contratos de swap cambial reverso — para o qual também não houve colocação nesta quinta.

No exterior, o mercado permanece de olho nas tensões comerciais, depois que a China alertou os EUA que tomará "contramedidas firmes" em resposta à legislação norte-americana que apoia manifestantes contrários ao governo em Hong Kong, dizendo que tentativas de interferir na cidade com comando chinês estão "fadadas ao fracasso".

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