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Dólar fecha em alta nesta quinta com crescimento de Dilma em pesquisas

Expectativa é de que mudança de governo traga política econômica menos intervencionista

Economia|Do R7, com Reuters

Retirada de dólares por investidores do País faz a cotação subir
Retirada de dólares por investidores do País faz a cotação subir

A cotação do dólar fechou nesta quinta-feira (4) com alta de 0,32%, em R$ 2,2434 na venda. Segundo analistas, a subida do preço da moeda foi influenciada por pesquisas eleitorais divulgados no dia anterior.

Havia a expectativa de que a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, abriria vantagem sobre a presidente Dilma Rousseff (PT) já no primeiro turno das eleições de outubro.

O fenômeno é interpretado como uma relação entre a expectativa do mercado de uma eventual troca de governo e a permanência de investimentos no País.

Se a chance de mudança diminiu, investidores retiram dólares investidos no País e preço da moeda sobe devido a sua menor disponibilidade. O movimento do real também espelhou as oscilações de outras moedas emergentes, que se enfraqueceram na véspera da divulgação do importante relatório de emprego dos Estados Unidos.


Esses números devem trazer mais pistas sobre a recuperação da maior economia do mundo e quando os juros norte-americanos começarão a subir.

Eleições


Embora as pesquisas eleitorais do Datafolha e do Ibope, divulgadas após o fechamento dos mercados na véspera, ainda mostrem Marina derrotando Dilma em um eventual segundo turno, a diferença entre as duas candidatas diminuiu.

Parte do mercado apostava que a ex-senadora, que tem prometido uma política econômica ortodoxa (com menos intervenção do governo na economia) se eleita, viesse à frente de Dilma no primeiro turno e ampliasse sua vantagem na segunda rodada.É o que diz o operador de câmbio da corretora B&T Marcos Trabbold.


— O mercado se decepcionou e o dólar acabou voltando (a subir), depois de recuar tanto nas últimas semanas. Mas, ainda assim, a expectativa ainda é de vitória da Marina.

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O movimento de alta do dólar foi apoiado também por uma rodada de indicadores econômicos positivos sobre os EUA, que sustentaram a tese de que a recuperação da maior economia do mundo vem ganhando tração.

Serão divulgadas nesta sexta-feira (5) a geração de emprego fora do setor agrícola e a taxa de desemprego do país. Se as expectativas de resultados positivos se confirmarem, podem se traduzir em apostas de que os juros norte-americanos subam mais cedo que o esperado, possivelmente atraindo capitais aplicados em países como o Brasil.

Isso levou o dólar a se fortalecer ante moedas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano. Mais cedo, a divisa dos EUA havia caído ante essas moedas, refletindo a expectativa de maior liquidez nos mercados globais.

O BCE (Banco Central Europeu) cortou nesta quinta-feira as taxas de juros para novas mínimas recordes, reduzido inesperadamente os custos de financiamento para perto de zero, na tentativa de estimular a inflação e a economia da zona do euro. A autoridade monetária também anunciou um programa de compra de instrumentos financeiros lastreados em ativos e de bônus cobertos.

Na opinião do estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, as medidas do BCE dão suporte para as moedas emergentes por uma questão de expectativa de liquidez.

O Banco Central brasileiro vendeu nesta manhã a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que correspondem a venda futura de dólares. Foram vendidos 1,5 mil contratos para 1º de junho e 2,5 mil para 1º de setembro de 2015, com volume equivalente a 197,5 milhões de dólares.

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