Após quedas consecutivas, o dólar fechou nesta terça-feira (28) a R$ 5,86, com uma variação de 0,73%. O valor, que atingiu o menor nível desde novembro, foi alcançado em meio aos temores com as tarifas dos Estados Unidos e com o desempenho na arrecadação de impostos federais no Brasil. Desde que Trump assumiu a presidência, o dólar vem operando, majoritariamente, em queda. Pela primeira em mais de um mês, a moeda fechou abaixo de R$ 6 no último dia 22. Com avanço entre a maioria das divisas globais, o dólar se mostra instável diante o cenário de taxações planejadas pelo presidente Donald Trump. O americano pretende taxar semicondutores, aço, alumínio e cobre, sem especificar prazos ou países-alvo, e defende tarifas globais superiores a 2,5%, divergindo da proposta do secretário do Tesouro, Scott Bessent. O resultado da moeda ocorre, ainda, nas vésperas da decisão sobre a taxa de juros em ambos países, nesta quarta-feira (29), a chamada “super quarta”. É assim que se chamam as quartas-feiras em que coincidem as reuniões que definem as taxas de juros tanto dos Estados Unidos quanto do Brasil. Ainda no cenário internacional, a Boeing, multinacional americana do ramo aeroespacial, registrou um prejuízo líquido de US$ 3,87 bilhões no 4º trimestre de 2024.Nesta terça, a Receita Federal informou que a arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 2,709 trilhões (em valores corrigidos pela inflação) em 2024. O resultado é o maior da série histórica, iniciada em 1995. No mesmo período de 2023, a Receita arrecadou R$ 2,47 trilhões.Já em dezembro, a arrecadação foi de 261,2 bilhões, o maior resultado da série histórica para o período. O resultado representa uma alta de 7,78%, já descontada a inflação, em comparação com o mesmo mês do ano anterior.O valor ajudou a amenizar o humor no mercado, que estava incerto em meio a preocupações com os preços dos alimentos e a inflação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem se reunindo com ministros para debater o tema. Por enquanto, não há uma proposta definida, mas integrantes do Executivo falam em eventual redução de alíquotas de importação de produtos na comparação dos mercados nacional e internacional e sobre o custo de intermediação da empresa com o trabalhador em relação ao cartão alimentação.