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Economia brasileira cresce 0,6% de janeiro a setembro, diz IBGE

PIB registra terceira alta consecutiva em relação ao trimestre anterior

Economia|Fernando Mellis, do R7

Consumo das famílias aqueceu economia
Consumo das famílias aqueceu economia

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, indicador de crescimento da economia, cresceu 0,6% entre janeiro e setembro de 2016, na comparação com o mesmo período de 2017, informou o IBGE (Índice Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta sexta-feira (1º).

No trimestre entre julho e stembro, o PIB teve alta de 0,1%. Essa foi a terceira alta consecutiva do índicador, se comparado com o trimestre anterior. 

Apesar de ser um alívio para o governo, o resultado trimestral ficou abaixo do esperado por analistas ouvidos pela agência Reuters, que calculavam uma alta de 0,3%.

O consumo das famílias continuou se destacando, com alta de 1,2%, em relação ao trimestre passado. Somente essa categoria movimentou R$ 1 trilhão no período analisado.


Um item do PIB que se destaca é a formação bruta de capital fixo — investimento que as empresas realizam para a produção —, que teve alta de 1,6% no trimestre (R$ 263,9 bilhões), apesar de acumular queda de -3,6% no ano. Esse é o melhor resultado em quatro anos. 

O técnico do IBGE Rodrigo Ventura observa que o resultado positivo nos investimentos ocorre após 14 trimestres de queda e um de estabilidade. 


— Isso se deveu basicamente pelo comportamento da produção interna de máquinas e equipamentos. Porque a construção, que é outro fator que está dentro dos investimentos, apresentou uma variação nula, crescimento zero, em relação ao trimestre anterior.

A indústria cresceu 0,8% no trimestre. Já o setor de serviços teve variação positiva de 0,6%. O consumo do governo registrou queda de 0,2%.


Para Ventura, o bom desempenho dos serviços e da indústria se deve pela alta do consumo das famílias. O comércio cresceu 3,8% no trimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado. 

— Em virtude da redução da inflação, existe um processo de ganho salarial dos trabalhadores, que combinado à redução da taxa de juros induz ao crescimento do consumo das famílias. A gente também tem observado um movimento de redução do endividamento das famílias.

Um dos destaques para os números positivos na indústria é a produção de alimentos. A fabricação de automóveis também aqueceu o setor. 

A agropecuária, que no começo do ano ajudou a puxar o PIB para cima, encolheu 3% entre julho e setembro. No entanto, no acumulado do ano, o setor acumula alta de 14,5%.

A queda da agropecuária não é algo tão negativo, se comparado com o desempenho desse ramo da economia ao longo do ano. O técnico do IBGE ressalta a supersafra do primeiro trimestre.

— A agropecuária é o destaque do ano, mas quando a gente analisa esse terceiro trimestre com o mesmo do ano passado, a alta foi de 9,1%.

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