Economia Sem Paletó #7: saiba o que está em jogo na Reforma Trabalhista
Espanha realizou mudanças parecidas, criando mais empregos, mas que pagam menos
Economia|Do R7
As leis trabalhistas foram unificadas no Brasil em 1943, criando um primeiro padrão para regulamentar as relações entre patrão e empregado no país. Três anos depois, a Constituição de 1946 trouxe importantes vitórias para o trabalhador brasileiro, como a “proibição de trabalho a menores de 14 anos”, a jornada padrão de oito horas (antes chegava-se a trabalhar de 12 a 16 horas por dias), a obrigatoriedade do empregador pagar um seguro contra acidentes de trabalho, entre outras questões.
Nesses mais de 70 anos, a CLT passou por inúmeras modificações, mas não como a que está prestes a acontecer, com a reforma trabalhista. Enviada pelo governo do presidente Michel Temer para o Congresso, a reforma (PL 6787/16) passou em 26 de abril pelo plenário da Câmara por 296 favoráveis e 177 contrários.
O texto então foi enviado para o Senado, onde já passou pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos). Nesta quarta-feira (14) está em debate na CAS (Comissão de Assuntos Sociais), onde deve passar por votação na semana que vem. Depois precisa passar pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), antes de ir para o plenário.
O sétimo programa de Economia Sem Paletó, com o economista Richard Rytenband, tratou das principais mudanças no texto e trouxe exemplos que foram aplicados fora do Brasil, como na Espanha.
— A Espanha fez uma reforma parecida com a brasileira. O número de empregos aumentos, mas são mais precários.
Assista ao programa: