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Em ata, BC cita ‘desconforto’ com piora nas expectativas de inflação e ‘incerteza’ nos EUA

Comitê informou que os próximos ajustes na taxa de juros vão depender da ‘evolução da dinâmica’ da inflação

Economia|Do R7, em Brasília

BC publicou ata do Copom nesta terça Divulgação/Banco Central

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central informou nesta terça-feira (12) por meio da ata da reunião da semana passada que um aumento de 0,5 ponto percentual da taxa de juros se mostrava “apropriado diante das condições econômicas correntes e das incertezas prospectivas, refletindo o compromisso de convergência da inflação à meta, essencial para a construção contínua de credibilidade”.

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“A desancoragem das expectativas de inflação é um fator de desconforto comum a todos os membros. O comitê avalia que a condução da política monetária é um fator fundamental para a reancoragem das expectativas e continuará tomando decisões que salvaguardem a credibilidade e reflitam o papel fundamental das expectativas na dinâmica de inflação. Uma deterioração adicional das expectativas pode levar a um prolongamento do ciclo de aperto de política monetária”, disse o BC na ata.

O colegiado elevou a taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual, para 11,25% ao ano na última quarta-feira (6). A nova taxa valerá ao menos pelos próximos 45 dias (contados a partir da semana passada), quando os diretores do BC voltam a se encontrar para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.

“Considerando a necessidade de uma política monetária mais contracionista, o Comitê julgou adequado realizar um aumento de maior magnitude na taxa Selic”, justificou o Copom.


Segundo o BC, o cenário externo se mantém “desafiador, com incertezas econômicas e geopolíticas relevantes”. Com relação aos Estados Unidos, após a eleição de Donald Trump, a instituição cita “grande incerteza” sobre o ritmo da desinflação e da desaceleração da atividade econômica.

“A possibilidade de mudanças na condução da política econômica também traz adicional incerteza ao cenário, particularmente com possíveis estímulos fiscais, restrições na oferta de trabalho e introdução de tarifas à importação”, informou o BC.


O grupo fez questão de insistir no seu firme compromisso de convergência da inflação à meta. A maioria das instituições financeiras já incorporou que outra alta da mesma magnitude deverá ser vista em dezembro, ainda que algumas acreditem que o próximo passo do colegiado poderá ser de aumento da intensidade das altas, para 0,75 ponto porcentual.

Na ata, o comitê repetiu que os próximos ajustes nos juros vão depender “da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.”

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