Economia Em recuperação judicial, Livraria Saraiva demite funcionários de suas últimas cinco lojas

Em recuperação judicial, Livraria Saraiva demite funcionários de suas últimas cinco lojas

Com desligamentos nas unidades instaladas em SP e no MS, rede deve passar a funcionar apenas no comércio virtual

Agência Estado - Conjuntura e Negócios
Saraiva fecha lojas desde 2018

Saraiva fecha lojas desde 2018

Reprodução Google Street View

A Livraria Saraiva demitiu os funcionários de suas últimas cinco lojas nesta quarta-feira (20). A rede, que já foi a maior do Brasil, com cerca de 100 livrarias, está em recuperação judicial e deve funcionar, a partir de agora, apenas como e-commerce.

Até esta semana, a Saraiva tinha quatro lojas em São Paulo, na Praça da Sé, a segunda inaugurada pela empresa, ainda nos anos 1970, e também no Shopping Aricanduva, Jundiaí e Novo Shopping, e uma em Campo Grande (MS).

Quem entra no site da Saraiva agora, ainda encontra um link para a área "Nossas lojas", mas ao clicar nele é direcionado para uma página de "Mais Vendidos". A empresa tem uma Agesp (Assembleia Geral Especial de Preferencialistas) agendada para esta sexta-feira (22).

Segundo o PublishNews, publicação especializada em mercado editorial, uma das discussões previstas é a transformação das ações preferenciais em ações ordinárias. Assim, o controle da empresa, atualmente com a família Saraiva, poderia ser transferido para os principais acionistas preferenciais.

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Em 2018, a Saraiva fez seu primeiro movimento de fechamento de lojas. Foram 20 num mesmo dia, em outubro. Naquela ocasião, a rede ficou com 84 unidades e com o site. Um mês depois, ela entrou com pedido de recuperação judicial. A dívida revelada naquele momento era de R$ 674 milhões.

Ao longo dos últimos anos, sem conseguir se reerguer, a Saraiva foi fechando mais lojas. Nesta semana, a empresa voltou a ser notícia quando alguns conselheiros renunciaram e fizeram acusações contra os controladores da empresa, em carta para Olga Maria Barbosa Saraiva, presidente do Conselho de Administração.

Na carta, eles mencionavam, também segundo o PublishNews, o "pagamento da remuneração da KR Capital". Trata-se da empresa que fez a restruturação operacional da Saraiva em 2021, que atualmente trabalha na renegociação das dívidas e que tem entre seus sócios marcos Guedes, CEO da Saraiva.

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