O fluxo cambial brasileiro, que representa a diferença entre as entradas e saídas de dólares, fechou maio com saldo positivo de R$ 16,04 bilhões (US$ 3,08 bilhões), segundo dados divulgados nesta quarta-feira (3), pelo BC (Banco Central).
Trata-se do primeiro superávit apresentado pelo indicador desde julho do ano passado, quando o saldo positivo foi de R$ 15,17 bilhões (US$ 2,912 bilhões). O resultado é também o melhor desde fevereiro do ano passado (R$ 45 bilhões).
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No mês passado, o resultado do fluxo cambial foi sustentado pela conta comercial, com o bom desempenho das exportações no período.
Nas operações de câmbio contratado, houve entrada líquida de R$ 16 bilhões (US$ 3,080 bilhões) no mês passado, com sobra de R$ 20,64 bilhões (US$ 3,962 bilhões) na conta comercial e déficit de R$ 4,6 bilhões (US$ 882 milhões) nas operações financeiras.
Apesar do resultado positivo de maio, o saldo no câmbio contratado ainda é negativo em R$ 50 bilhões (US$ 9,651 bilhões) no acumulado de 2020, ante resultado positivo de R$ 16,5 bilhões (US$ 3,164 bilhões)um ano antes.
Também em maio deste ano o BC liquidou a venda de R$ 2,6 bilhões (US$ 520 milhões) das reservas. A combinação entre fluxo cambial positivo e venda de moeda spot levou os bancos a reduzir para R$ 132 bilhões (US$ 25,505 bilhões) a posição líquida vendida em dólar à vista, menor patamar desde novembro do ano passado (R$ 124 bilhões).
O BC contabilizou em maio a recompra de R$ 19,7 bilhões (US$ 3,8 bilhões) em linhas de moeda com compromisso de recompra.
Considerando outras operações da autoridade monetária no mercado — entre as quais venda de swaps cambiais e operações compromissadas em moeda estrangeira —, a posição cambial líquida do BC caiu ao fim de maio para R$ 1,557 trilhão (US$ 299,282 bilhões), ante R$ 1,578 trilhão (US$ 303,410 bilhões) em abril e R$ 1,714 trilhão (US$ 329,850 bilhões) em janeiro. É o menor nível desde pelo menos janeiro de 2018.