A decisão da Petrobras de extinguir política de paridade internacional sobre o preço da gasolina e do diesel fez os analistas reduzirem de 6,03% para 5,8% suas projeções de alta dos preços ao final deste ano.
Apesar de menor, a previsão publicada nesta segunda-feira (22) pelo BC (Banco Central) segue acima da meta pré-estabelecida pelo governo para o período, de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 1,75% para 4,75%).
O último RTI (Relatório Trimestral de Inflação) do BC prevê alta de 5,8% do IPCA neste ano. De acordo com o documento, a probabilidade de a alta furar o teto da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional) passou de 57% para 83%.
Para o mês de maio, a previsão é de que a taxa corresponda a uma alta de 0,43%, resultado que vai equivaler a uma nova desaceleração do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Já em junho e julho, os analistas preveem altas de, respectivamente, 0,34% e 0,36% do índice oficial de preços, expectativas abaixo das apresentadas na semana passada, guiada pela previsão de queda do preço dos combustíveis.
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Olhando para 2024, as expectativas para o índice oficial de preços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) recuaram de 4,15% para 4,13%. Já as projeções para 2025 e 2026 permanecem em 4% para ambos os anos.
Com as novas projeções, a aposta na cotação do dólar caiu de R$ 5,20 para R$ 5,15. Para os preços administrados, nos quais estão incluídos os combustíveis, a projeção caiu pela terceira semana seguida e passou para uma alta de 9,5% neste ano, ante variação prevista de 10,53%.