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Fibria tem exposição de vendas muito baixa no Reino Unido, diz CEO

Economia|Do R7

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente-executivo da Fibria, Marcelo Castelli, disse que a companhia tem exposição grande na Europa, mas muito pouca no Reino Unido, cujo referendo na semana passada decidiu pela saída do bloco comercial.

Segundo o executivo, a Grã-Bretanha responde por apenas 4 por cento das vendas da companhia. Na visão de Castelli, não há risco de eventuais problemas de ruptura de fornecimento, porque o contágio na indústria não ocorre como no setor financeiro.

"Não temos nenhuma grande preocupação porque são fundamentos e dinâmicas diferentes", afirmou.

A decisão do Reino Unido de deixar a UE chocou os mercados, que vinham se posicionando para uma opção pela manutenção no bloco econômico, derrubando bolsas ao redor do mundo.


No primeiro trimestre deste ano, a maior parte da receita líquida de celulose da Fibria veio da Europa, somando 46 por cento do total, seguida pela Ásia, com 25 por cento.

No fim de maio, a companhia anunciou aumento de preços da celulose para 710 dólares na Europa, 870 dólares na América do Norte e 550 dólares na Ásia com início em 1º de junho, processo já iniciado. O mercado leva normalmente mais de dois meses para absorver por completo os aumentos, disse Castelli.


Ele disse que não viu problemas na demanda pelo insumo nos cinco primeiros meses do ano.

"Do lado da oferta, no curto prazo, o mercado está balanceado até o fim do ano, mesmo que o projeto Oki entre em operação", disse Castelli, referindo-se a projeto na Indonésia da Asia Pulp and Paper.


"Não acho que é o mais provável que aconteça, de entrar no fim do ano, mas mesmo que entre, há impacto no mercado só no início de 2017", acrescentou.

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EMISSÃO DE CRA

A Fibria anunciou pela manhã que concluiu a emissão de certificados de recebíveis do agronegócio, de 1,35 bilhão de reais. Com a captação, a Fibria pretende financiar atividades ligadas ao agronegócio, assim como produção e vendas.

"O dinheiro não tem uso específico. É para manter no caixa, fortalecer nossa posição financeira no momento em que começamos a entrar na fase de maior dispêndio do projeto (de expansão em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul)", disse o vice-presidente financeiro da Fibria, Guilherme Cavalcanti.

Os recursos não compõem o financiamento do projeto, já resolvido. A expansão está com 40 por cento de execução física.

Questionado sobre o motivo do volume grande da emissão, Cavalcanti disse que a oportunidade era boa para a companhia, uma vez que o juro será menor do que o de um bônus no mercado internacional devido à isenção de Imposto de Renda sobre juros.

"O dinheiro em caixa vai render um juro maior do que estou pagando nessa dívida", disse Cavalcanti.

Segundo o executivo, nos próximos dois ou três meses a Fibria terá em caixa cerca de dois terços dos recursos a serem gastos no projeto de expansão, de investimento previsto em 8,7 bilhões de reais.

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(Por Priscila Jordão)

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