Guerra Israel x Hamas

Economia Guerra Israel-Hamas é mais uma 'nuvem' na economia mundial

Guerra Israel-Hamas é mais uma 'nuvem' na economia mundial

A diretora-geral do FMI disse que é difícil avaliar o impacto econômico do conflito, mas já há reações no mercado de petróleo

AFP
Kristalina Georgieva é a diretora-geral do FMI

Kristalina Georgieva é a diretora-geral do FMI

AFP / Fadel Senna – 12.10.2023

As consequências do ataque do Hamas a Israel acrescentam "uma nuvem a um horizonte não muito ensolarado para a economia mundial", disse Kristalina Georgieva, diretora-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), em entrevista, nesta quinta-feira (12), em Marrakech, no Marrocos, onde acontecem as reuniões anuais do fundo e do Banco Mundial.

Georgieva afirmou que, "em primeiro lugar, são os inocentes" que pagam o preço do ataque do Hamas e dos bombardeios retaliatórios de Israel.

Do ponto de vista econômico, é difícil avaliar o impacto, disse a diretora-geral, acrescentando que o FMI "acompanha muito de perto a situação" e suas eventuais consequências.

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"Temos visto algumas reações no mercado de petróleo, mas é muito cedo para dizer mais. Vemos altas e baixas acontecendo", completou.

O FMI manteve sua previsão de crescimento em 3% para este ano, mas reduziu a de 2024 para 2,9%, numa advertência de que a economia "está mancando, não correndo".

A escalada das tensões no Oriente Médio se soma às "graves perturbações" que estão se tornando "a nova norma, fragilizando ainda mais um mundo já debilitado pelo fraco crescimento e pela fragmentação de sua economia", disse Georgieva.

Ela pediu aos países "que restabeleçam suas regras orçamentárias, tornando-se capazes de responder aos choques futuros e de fazer os investimentos necessários", depois de um período de repetidas perturbações, da pandemia da Covid-19 ao aumento da inflação e à guerra na Ucrânia, o que levou ao "aumento dos gastos públicos".

Para a economista, a disciplina orçamentária deve ser retomada porque "não temos o crescimento de que precisamos para nos recuperarmos do impacto dessas perturbações e para oferecermos oportunidades que permitam melhorar a vida das pessoas".

Ante uma situação geopolítica e econômica tensa, ela avalia que o FMI precisa de "mais flexibilidade, para melhor antecipar as perturbações e dar respostas mais rápidas".

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