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IBGE revisa PIB de 2021 para baixo, e total chega a R$ 9 trilhões

Sistema de Contas Nacionais mostra que a economia teve queda de 3,3% em 2020, primeiro ano da pandemia

Economia|Do R7

Em 2020, pandemia fez PIB ter queda de 3,3%
Em 2020, pandemia fez PIB ter queda de 3,3%

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revisou o crescimento doPIB (Produto Interno Bruto, que mede o tamanho de uma economia) de 2021, que foi de 5% para 4,8%. Naquele ano, a produção econômica brasileira totalizou R$ 9 trilhões. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais.

Dessa forma, a economia brasileira se recuperou do tombo ocorrido em 2020. No primeiro ano da pandemia de Covid-19, o PIB sofreu queda de 3,3%.

“A retomada dos serviços presenciais, paralisados em 2020, incluindo viagens e entretenimento, explica parte do crescimento. Outra parte deveu-se ao crescimento de determinados segmentos da indústria, como o de veículos e máquinas e equipamentos, e ao crescimento da construção”, explica Cristiano Martins, gerente de bens e serviços de Contas Nacionais do IBGE.

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Vale lembrar que, naquele ano, políticas de isolamento social impediram que bares, restaurantes e cinemas, por exemplo, ficassem com as portas abertas. Esses estabelecimentos, pelo menos, sofreram com a imposição de circulação reduzida de pessoas.


A revisão do indicador de 2021 aconteceu, principalmente, por causa da incorporação de novos dados das atividades de serviços, disponibilizados pela PAS (Pesquisa Anual de Serviços), do IBGE.

Por sua vez, o PIB per capita foi de R$ 42.247,52. Esse indicador é resultado da divisão de toda a produção pela população e dá uma ideia de proporção de uma economia.

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O crescimento dos serviços foi recalculado de 5,2% para 4,8%, com destaque para a revisão na atividade de transporte, armazenagem e correio (de 12,9% para 6,5%). O crescimento da indústria foi revisto para cima, de 4,8% para 5,0%, enquanto a agropecuária foi corrigida de 0,3% para 0%.

O crescimento do PIB decorreu de um aumento de 4,5% do valor adicionado bruto, dos quais 3,4 pontos percentuais (p.p.) se devem ao setor de serviços e 1,1 p.p., ao de indústria.

Em 2021, 11 dos 12 grupos de atividades econômicas apresentaram crescimento ou estabilidade, com destaque para informação e comunicação (13,9%) e construção (12,6%).

Consumo das famílias cresceu 2,9%

Em 2021, as despesas de consumo final, que englobam o gasto de famílias, governos e instituições sem fins de lucro, cresceram 3,3%, após terem caído 4,4% em 2020.

A despesa de consumo final do governo, que reúne as despesas com bens e serviços oferecidos pelo governo à coletividade, cresceu 4,2%.

Já o consumo das famílias, que representa 60,1% do PIB, aumentou 2,9%. A variação de preço dos bens e serviços consumidos pelas famílias foi de 11,9%.

Na comparação com bens e serviços no consumo final das famílias, em 2021, os serviços cresceram 4%, enquanto os bens aumentaram 1,9%. O acréscimo dos serviços não chega a recuperar toda a queda observada em 2020 em decorrência da pandemia, quando o setor, mais afetado, caiu 10,2%, e os bens caíram 0,7%.

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