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Ibovespa recua e dólar avança; veja a reação do mercado após a eleição

Petrobras e Banco do Brasil estavam entre as maiores quedas, enquanto ações de educação e varejo eram destaque

Economia|Do R7

Às 9h22, o dólar à vista avançava 0,64%, a R$ 5,3361 na venda
Às 9h22, o dólar à vista avançava 0,64%, a R$ 5,3361 na venda

O Ibovespa opera instável nesta segunda-feira (31), com Petrobras e Banco do Brasil entre as maiores quedas, após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer a disputa presidencial no domingo, enquanto ações de educação e varejo eram destaque na ponta positiva. Às 14h, o Ibovespa caía 0,84%, a 113.580,60 pontos.

Já o dólar moderava seus ganhos nesta segunda-feira, depois de mais cedo saltar acima de R$ 5,40 reais numa reação inicial muito negativa dos mercados à vitória de Lula.

Às 9h22, o dólar à vista avançava 0,64%, a R$ 5,3361 na venda. Imediatamente após a abertura do pregão, a moeda chegou a saltar 2%, a R$ 5,4088, mas logo moderou seus ganhos, o que alguns investidores disseram ser reflexo da falta de surpresa em relação ao resultado de domingo.

Lula venceu o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno e voltará à Presidência pela terceira vez, impondo uma inédita derrota nas urnas a um ocupante do Palácio do Planalto que buscava um segundo mandato.


Agentes financeiros aguardam agora as primeiras sinalizações sobre as políticas e principalmente a equipe econômica do petista.

Na visão do superintendente da Necton/BTG Pactual, Marco Tulli, a percepção entre alguns agentes financeiros é de que pode haver dificuldades e a necessidade de um trabalho muito grande de conciliação política para seguir com a administração do país em várias esferas.


"O mercado talvez não gostaria de passar por isso, o que pode explicar essa primeira reação negativa", acrescentou. "Uma melhora ou piora mais acentuada dependerá das nomeações para cargos de confiança de Lula."

Em nota a clientes, a equipe do Safra afirmou não ver contestação de Bolsonaro sobre o resultado, uma vez que aliados já reconheceram o vencedor.


"Esperamos agora transição de governo. Congresso mais à direita com um pleito presidencial super apertado vai demandar intensas e desgastantes negociações por parte do novo presidente."

Para a equipe da XP Investimentos, a volatilidade pode seguir alta e talvez aumentar nas próximas semanas, dada a incerteza quanto à política fiscal do novo governo, bem como quais serão os nomes da nova equipe econômica de Lula.

Petrobras PN caía 7,12% e Petrobras ON recuava 6,68%, enquanto Banco do Brasil cedia 4,59%.

O JPMorgan cortou a recomendação de Petrobras para "neutra" e reduziu o preço-alvo das preferenciais a 37 reais, enquanto o BTG Pactual, que já tinha classificação "neutra" para os papéis, diminuiu o preço-alvo para 35,7 reais, citando um cenário de incertezas após a eleição.

O Goldman Sachs esperava reação negativa das ações do Banco do Brasil, também citando aumento de incertezas após Lula vencer a disputa pelo Palácio do Planalto, mas manteve a recomendação de "compra", "uma vez que a ação está com desconto significativo em relação aos pares do setor privado".

No outro extremo, Yduqs ON avançava 2,55%, com Lula reforçando no discurso após a vitória que focará a educação, assim como MRV&Co ON se valorizava em 3,98% com o presidente eleito também dando destaque ao financiamento habitacional à baixa renda.

Na esteira de expectativa de medidas socioeconômicas, também avançavam papéis de varejo, como Lojas Renner ON, Magazine Luiza ON e Assaí ON.

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