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Indústria encerra 2024 com crescimento de 3,1%, puxado por veículos e eletrônicos

Apesar do desempenho positivo no ano, dezembro registrou uma leve queda de 0,3% frente a novembro, segundo o IBGE

Economia|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

Indústria encerra 2024 com crescimento de 3,1%
Indústria encerra 2024 com crescimento de 3,1% Divulgação/CNI - Arquivo

A produção industrial brasileira fechou 2024 com crescimento de 3,1%, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os setores de veículos automotores (12,5%), equipamentos de informática e eletrônicos (14,7%) e máquinas e materiais elétricos (12,2%) puxaram o avanço.

Apesar do desempenho positivo no ano, dezembro registrou uma leve queda de 0,3% frente a novembro, marcando o terceiro mês consecutivo de retração.

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No último mês do ano, três das quatro grandes categorias econômicas apresentaram queda na produção, assim como 15 dos 25 setores analisados.


As maiores retrações ocorreram em máquinas e equipamentos (-3%) e produtos de borracha e material plástico (-2,5%), resultando na eliminação do ganho de 1,0% registrado entre agosto e setembro.

Por outro lado, houve crescimento em indústrias extrativas (0,8%) e bebidas (3,2%), este último interrompendo uma sequência de quatro meses de queda que acumulou perda de 8,2%.


Dezembro 2024 x dezembro 2023

Na comparação com dezembro de 2023, a indústria avançou 1,6%, com crescimento em 17 dos 25 setores analisados. Destaques positivos incluem produtos químicos (10,4%), veículos automotores (12,8%), máquinas e equipamentos (12,6%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (27,1%).

Em contrapartida, houve retração em indústrias extrativas (-7,0%), produtos alimentícios (-3,7%) e combustíveis (-1,9%), o que limitou um crescimento ainda maior do setor.


Indústria em 2024

No acumulado do ano, todas as grandes categorias econômicas cresceram. Bens de consumo duráveis avançaram 10,6%, impulsionados pela produção de eletrodomésticos (23,8%) e automóveis (5,3%).

Bens de capital cresceram 9,1%, com destaque para equipamentos de transporte (18,2%) e bens para uso misto (19,4%). Bens intermediários tiveram alta de 2,5%, puxados por metalurgia e produtos químicos, enquanto bens de consumo semi e não duráveis cresceram 2,4%.

Mesmo com o avanço de 3,1%, a produção industrial brasileira ainda enfrenta desafios. O nível atual está 1,3% acima do registrado em fevereiro de 2020, antes da pandemia, mas 15,6% abaixo do recorde histórico de maio de 2011.

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