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Indústria paulista sobe em janeiro, mas não recupera perdas de 2013

A diminuição brusca das vendas reais da produção foi o que derrubou os números de dezembro

Economia|Do R7

A Fiesp afirma que, embora o resultado de janeiro tenha sido positivo, os dados devem ser vistos com cautela
A Fiesp afirma que, embora o resultado de janeiro tenha sido positivo, os dados devem ser vistos com cautela

A atividade industrial paulista, medida pelo INA (Indicador de Nível de Atividade), apresentou um crescimento de 2,2% em janeiro na comparação com dezembro, no dado com ajuste sazonal, de acordo com a Fiesp e o Ciesp (Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).

Os números divulgados nesta quinta-feira (27) não mostram uma recuperação das perdas registradas em dezembro na comparação com novembro, quando o índice caiu 5%, na leitura revisada.

O gerente do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) da Fiesp e do Ciesp, Guilherme Moreira, explica que “a forte queda da atividade em dezembro se deu por conta dos números mais baixos que o esperado da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física de São Paulo” e da diminuição acentuada das vendas reais da produção.

Em dezembro do ano passado, as vendas reais caíram 7,9% em comparação com novembro com ajuste. Já em janeiro, a mesma variável ajudou a puxar o índice com um desempenho positivo de 10,4%.


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Cautela


A Fiesp afirma que, embora o resultado de janeiro tenha sido positivo, os dados devem ser vistos com cautela, porque “a base de comparação é o pior resultado para o mês de dezembro desde 2008, início da crise econômica mundial”, alerta Moreira.

Segundo ele, dezembro do ano passado “foi um mês que a indústria praticamente parou, com um volume muito acima do normal de férias coletivas, vendas muito abaixo do normal”.


— É um mês que está ocupando o espaço vazio de dezembro. É um bom resultado, mas tem que levar em conta que é um resultado em cima de um dezembro horrível.

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Expectativa

A federação espera que a atividade industrial tenha um crescimento de 1,8% neste ano, mas o departamento de economia das entidades está revisando para baixo essa expectativa.

As entidades acreditam ainda que atividade industrial deve continuar mostrando pouco vigor no ano também em função da perspectiva negativa para investimentos em 2014, uma vez que as taxas de juros no Brasil e no mundo estão em rota de alta e as previsões para o crescimento econômico do país continuam com viés de baixa.

Nas contas do gerente do Depecon, se o INA apresentar estabilidade em todos meses até o final do ano, ainda assim pode encerrar 2014 com queda de 4,2%. Para fechar o ano com variação zero, o indicador precisa crescer 0,8% todos os meses.

— Para chegar a nossa previsão de crescimento de 1,8%, o INA teria que ter um crescimento muito vigoroso, o que a gente acha difícil ocorrer. Infelizmente estamos revisando para baixo o INA e na próxima divulgação devemos ter um número bem inferior à previsão atual.

Outros números

No acumulado de 12 meses, o INA apresentou crescimento de 0,7%. De janeiro a dezembro de 2013, a atividade da indústria paulista subiu 1,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada ficou em 81,8% em janeiro versus 81,3% em dezembro de 2013.

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