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‘Inflação da feijoada’: preços da carne de porco e arroz sobem, mas caipirinha fica mais barata

Couve, feijão preto e laranja subiram acima da inflação oficial do país, enquanto carne seca e linguiça ficaram mais em conta em 12 meses

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

Preço do arroz subiu 23,93% Arquivo/Agência Brasil

Um dos pratos mais tradicionais do país, a feijoada está menos acessível para os brasileiros. Dados da inflação oficial, divulgada nesta quarta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que o preço de quase todos os principais ingredientes da comida aumentaram no acumulado dos últimos 12 meses. Itens como arroz, feijão, carne de porco e couve subiram acima da inflação geral média no período. Por outro lado, a caipirinha ficou mais barata.

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Inflação da feijoada Luce Costa/Arte R7

O levantamento mostrou que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país, ficou em 4,42% em 12 meses, encostando no teto da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%.

Os dados acendem um alerta para quem gosta de feijoada. Um dos líderes do ranking de vilões da inflação, o arroz teve alta de 23,93%. Já o feijão preto, indispensável e item número um do prato, aumentou 5,73% no mesmo período.

O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas, do qual arroz e feijão preto pertencem, cresceu 18,66% de setembro de 2023 ao mesmo mês deste ano.


A laranja-pera, um “ingrediente-acessório” e nem sempre unânime no prato, se destacou como o principal vilão da feijoada. O item ficou 62,51% mais caro nos últimos 12 meses.

A couve fecha o trio que mais subiu de preço da lista, com alta de 13,77%.


Carnes variam de preço

A carne de porco (bisteca e lombo, por exemplo) também está pesando no bolso dos apreciadores de uma boa feijoada. O item ficou 9,46% mais caro.

Uma boa notícia para quem gosta do prato é que a carne seca, ou charque, ficou 4% mais barata nos últimos 12 meses.


Linguiça e farinha mais baratas

Para a alegria dos amantes da calabresa e do paio, a linguiça ficou mais barata no período. O item teve queda de 2,23% de setembro de 2023 a setembro de 2024, bem abaixo da inflação geral média.

A farinha de mandioca também ficou mais em conta: nos últimos 12 meses, o ingrediente caiu 4,74%.

E a caipirinha?

A caipirinha, bebida que mais costuma acompanhar a feijoada, teve alteração no preço durante esse período. Enquanto o limão ficou 12,6% mais barato, outras bebidas alcoólicas, como a cachaça e a vodca, avançaram 7,84%.

Quem prefere uma cervejinha pode preparar o bolso também: a bebida ficou 5,79% mais cara nos últimos 12 meses.

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