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Juro no crédito livre cai a 36,9%, diz BC; taxa do cheque especial sobe a 307,6%

Economia|Do R7

A taxa média de juros no crédito livre caiu de 37,9% ao ano em agosto para 36,9% ao ano em setembro, informou nesta sexta-feira, 25, o Banco Central (BC). Em setembro de 2018, essa taxa estava em 37,9% ao ano.

Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 52,1% para 51,3% ao ano de agosto para setembro, enquanto para pessoa jurídica foi de 18,9% para 17,8% ao ano.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa passou de 306,9% ao ano para 307,6% ao ano de agosto para setembro. No crédito pessoal, a taxa passou de 43,1% para 41,5% ao ano.

Desde julho do ano passado, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. A expectativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) era de que essa migração do cheque especial para linhas mais baratas acelerasse a tendência de queda do juro cobrado ao consumidor. Em junho de 2018, antes do início da nova dinâmica, a taxa do cheque especial estava em 304,9% ao ano.


Os dados divulgados nesta sexta pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 20,1% ao ano em agosto para 19,8% em setembro.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 25,1% ao ano em agosto para 24,5% ao ano em setembro. Em setembro de 2018, estava em 24,2%.


ICC

Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) caiu 0,1 ponto porcentual em setembro ante agosto, aos 18,5% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.


Spread

O spread bancário médio no crédito livre passou de 31,6 pontos porcentuais em agosto para 30,8 pontos porcentuais em setembro, informou o Banco Central. O spread médio da pessoa física no crédito livre foi de 45,5 para 45,0 pontos porcentuais no período. Para pessoa jurídica, o spread médio passou de 12,8 para 12,0 pontos porcentuais.

Já spread médio do crédito direcionado foi de 6,4 pontos porcentuais para 6,1 pontos porcentuais na passagem de agosto para setembro.

O spread médio no crédito total (livre e direcionado) foi de 20,7 pontos porcentuais para 20,2 pontos porcentuais no período.

Inadimplência

A taxa de inadimplência no crédito livre permaneceu em 3,9% na passagem de agosto para setembro, informou o Banco Central. Em setembro de 2018, a taxa estava em 4,1%.

Para pessoa física, a taxa de inadimplência foi de 4,9% para 5,0%. Para as empresas, a taxa foi de 2,6% para 2,5%.

A inadimplência do crédito direcionado foi de 1,9% para 2,0% na passagem de agosto para setembro.

Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência permaneceu em 3,1%.

Endividamento

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro ficou em 44,6% em agosto, ante 44,3% em julho, informou o Banco Central. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 25,9% em agosto, ante 25,7% em julho.

O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses. Além disso, incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE.

Segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) atingiu 20,6% em agosto, ante 20,5% em julho. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda ficou em 18,3% em agosto, ante 18,2% em julho.

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