Juros seguem altos e alcançam 58,3% no crédito para pessoa física, aponta Banco Central
Entre as modalidades mais populares entre os consumidores, os financiamentos de veículos registraram alta de 0,9% em junho
Economia|Do R7, em Brasília
RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

As taxas de juros cobradas em operações de crédito no Brasil continuam em patamar elevado, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Banco Central. Em junho, a taxa média anual de juros nas concessões foi de 31,5% ao ano, praticamente estável em relação a maio (queda de 0,1 ponto percentual), mas 3,6 pontos acima do verificado no mesmo mês do ano passado.
O destaque mais preocupante segue sendo o crédito livre às pessoas físicas, cuja taxa média alcançou impressionantes 58,3% ao ano, com aumento de 5,7 pontos percentuais em 12 meses.
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Já no caso das empresas, os juros médios nas linhas de crédito livre subiram para 24,3% ao ano, um crescimento de 3,5 pontos percentuais na comparação com junho de 2024.
Entre as modalidades mais populares entre os consumidores, os financiamentos de veículos registraram alta de 0,9% em junho. O crédito pessoal não consignado subiu 0,4%, enquanto o cartão de crédito teve alta de 0,3%.
Em contrapartida, houve recuo de 1,1% no crédito consignado para beneficiários do INSS — reflexo direto das novas restrições impostas pela Previdência Social às instituições financeiras.
Inadimplência ainda preocupa
A inadimplência geral do Sistema Financeiro Nacional, considerando atrasos acima de 90 dias, subiu para 3,6% em junho, uma alta de 0,1 ponto percentual no mês e de 0,4 ponto em 12 meses.
No crédito livre, o índice é ainda mais alarmante: 5% da carteira está inadimplente. Entre as pessoas físicas, a taxa subiu para 6,3%, enquanto nas empresas ficou em 3,1%.
Apesar da medida, as taxas do rotativo continuam entre as mais altas do mercado, contribuindo significativamente para o sobreendividamento das famílias. Em junho, o comprometimento médio da renda familiar com dívidas subiu para 27,8%, enquanto o endividamento geral chegou a 49%.
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