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Mais cinco grandes marcas anunciam boicote ao Facebook

Campanha mundial ocorre porque, segundo organizadores, rede social faz muito pouco para coibir discursos de ódio em sua plataforma

Economia|Do R7, com agências

Empresas não querer ver suas marcas ligadas a conteúdos de ódio
Empresas não querer ver suas marcas ligadas a conteúdos de ódio

Só aumenta o número de grandes marcas que aderem à campanha contra o Facebook por causa de sua política de conteúdo que, segundo os organizadores do boicote, é conivente com discursos de ódio. Na terça-feira (30), as gigantes Adidas, HP, Pfizer, Volkswagen e Honda anunciariam que estão retirando os anúncios da rede social.

O boicote mundial já tem mais de 240 participantes e ganhou nesta semana nomes como Ford, Coca-Cola, Starbucks e Unilever. Segundo um levantamento da Federação Mundial de Anunciantes, um terço dos 58 principais anunciantes do mundo pretendem aderir ao boicote - no total, eles investem US$ 100 bilhões em marketing. 

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O movimento de boicote, que leva o nome Stop Hate for Profit, foi iniciado por grupos de direitos civis dos Estados Unidos após a morte do negro George Floyd, asfixiado por policiais em Minneapolis (EUA). Em uma carta aos anunciantes na quinta-feira (25), a Liga Anti-Difamação disse que o Facebook se recusou repetidamente a remover anúncios políticos que continham "mentiras flagrantes" e demorou a responder a pedidos de retirada de conteúdo conspiratório.

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Inicialmente, a campanha é restrita aos Estados Unidos, mas deve se estender para o mundo inteiro. A Ford, segunda maior montadora de veículos norte-americana, ao anunciar segunda-feira (29) a adesão à Stop Hate for Profit, explicou que reavaliará sua presença em todas as plataformas de mídia social também em outras regiões. A empresa acrescentou que discurso de ódio, violência e injustiça racial no conteúdo das redes sociais "precisam ser erradicados".

Os organizadores intensificaram a ação nos últimos dias por considerarem insuficiente a resposta do Facebook a postagens inflamatórias do presidente Donald Trump. Eles irão agora pedir às grandes empresas da Europa que se juntem ao boicote.


Reação do Facebook

O Facebook reconheceu que tem muito a fazer e afirma que irá desenvolver mais ferramentas para combater o discurso de ódio.

Na segunda-feira, a companhia afirmou que se submeterá a uma auditoria sobre como controlar o discurso de ódio.


O Media Rating Council (MRC), empresa de medição de mídia, conduzirá a auditoria para avaliar como o Facebook pode proteger os anunciantes de aparecerem ao lado de conteúdo nocivo.

O escopo e o cronograma da auditoria ainda estão sendo finalizados, disse o Facebook.

A rede social anunciou na semana passada que colocaria um aviso no conteúdo que viole suas políticas, mas a medida não satisfez os organizadores do boicote, que planejam mobilizar mais anunciantes globais para participar da campanha.

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