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Mercado prevê manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano até o fim de 2022

Aposta pela permanência da taxa Selic no patamar atual surge mesmo com aceleração dos índices de inflação

Economia|Do R7

Mercado aposta em juros mais altos no fim de 2023 e 2024
Mercado aposta em juros mais altos no fim de 2023 e 2024 Mercado aposta em juros mais altos no fim de 2023 e 2024

O Copom (Comitê de Política Monetária) realiza nesta semana a última reunião de 2022 e deve manter a taxa básica de juros no patamar de 13,75% ao ano, segundo estimativas do mercado financeiro apresentadas nesta segunda-feira (5) pelo BC (Banco Central).

As apostas pela manutenção da taxa Selic no maior patamar desde 2017 surgem mesmo com a aceleração dos índices de inflação, reconhecida pelo próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto. “A gente ainda não venceu a batalha da inflação nem localmente, nem globalmente. É importante persistir”, afirmou ele na semana passada.

O cenário, no entanto, alterou as expectativas para a taxa Selic no fim de 2023 (de 11,5% para 11,75% ao ano) e de 2024 (de 8,25% para 8,5% ao ano), o que sinaliza para uma manutenção dos juros em níveis elevados por mais tempo. Para 2025, a previsão dos juros em 8% ao ano foi mantida.

A taxa Selic é a principal ferramenta monetária para combater a inflação. Isso acontece porque, ao aumentar os juros, o BC encarece o crédito, reduz a disposição para consumir e estimula novas alternativas de investimento pelas famílias e empresas, o que tende a puxar os preços para baixo em uma ação para equilibrar a oferta e a demanda pelos bens e serviços disponíveis na economia.

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Na ata da última reunião, o Copom avalia que o ambiente inflacionário continua desafiador e garante que seguirá vigilante ao verificar se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros em um patamar elevado por um período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação para a meta.

"O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O Comitê enfatiza que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado", diz o documento.

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De acordo com o documento, o recente ciclo de deflações estava concentrado em itens voláteis e afetados por medidas tributárias, como a redução das alíquotas do ICMS sobre gasolina e energia elétrica nos estados e o corte do PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol até o fim de 2022.

Ainda assim, a percepção é de que a inflação para o consumidor continua elevada. "Os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, que apresentam maior inércia inflacionária, mantêm-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação", destaca a ata.

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