Mercado tem agora diagnóstico melhor sobre chances de alta de juro, diz Fed St. Louis
Economia|Do R7
CINGAPURA (Reuters) - Os mercados financeiros têm agora um diagnóstico melhor sobre as chances de aumento de juros nos Estados Unidos em junho do que antes, disse o presidente do Federal Reserve de St. Louis nesta quinta-feira.
"Acho que eles leram as minutas corretamente", disse Bullard aos repórteres após um discurso em Cingapura, referindo-se às minutas da reunião mais recente do Fed em abril.
Investidores globais, muitos dos quais deduziram que o Federal Reserve não está com pressa de subir as taxas de juros, ficaram alarmados na semana passada com as minutas, que levaram a crer que a maioria dos formuladores de políticas acredita que a economia dos EUA pode estar pronta para mais uma elevação nos juros em junho.
Bullard disse estar mantendo a mente aberta a respeito da conveniência de o Fed aumentar as taxas de juros em sua reunião dos dias 14 e 15 de junho, acrescentando que irá querer ver os dados econômicos disponíveis então.
"Estou mantendo a mente aberta, quero ver os dados que estiverem disponíveis perto da reunião", disse Bullard aos jornalistas.
Em seu discurso, ele afirmou que os mercados de trabalho norte-americanos estão relativamente bem e que podem pressionar a inflação para cima, ecoando comentários que fez no começo da semana em Pequim.
"Em praticamente qualquer métrica, os mercados de trabalho dos EUA atingiram ou superaram o pleno emprego", disse Bullard.
Indagado que tipo de cifra de folha de pagamento justificaria um aumento de juros em junho, ele respondeu: "Não acho que gostaria de me comprometer com um número em particular. Os relatórios dos mercados de trabalho têm muitos aspectos diferentes e você teria que olhar a totalidade do relatório".
Mas ele acrescentou que a mensagem geral dos mercados de trabalho é que o desempenho tem sido muito consistente.
"Seria necessário um relatório muito ruim para atirar por terra todos os gráficos que mostrei a vocês e dizer que os mercados de trabalho não estão firmes, assim de repente".
(Por Masayuki Kitano)