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Mesmo com queda de juros, Brasil mantém a 3ª maior taxa entre os países do G20 

Com a nova Selic de 13,25%, país só perde para Argentina, que tem juros de 97%, e Turquia, que aplica taxa de 17,5%

Economia|Do R7

Sede do Banco Central, em Brasília
Sede do Banco Central, em Brasília Sede do Banco Central, em Brasília

Mesmo após a queda de 0,5 ponto percentual anunciada nesta quarta-feira (2), o Brasil mantém a sua posição de terceiro país com a maior taxa básica de juros entre os países do G20, grupo formado pelas maiores economias e emergentes.

O levantamento foi feito pela agência de classificação de risco Austin Rating.

Com a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, a Selic o país de 13,75% para 13,25% ao ano. 

No ranking atual da taxa básica dos países, em primeiro lugar está a Argentina, com juros de 97%, seguida da Turquia, que aplica taxa de 17,5%. O Brasil está na frente de países como México, Rússia, África do Sul, Indonésia e Índia, entre outros.

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O movimento de alta das taxas foi mundial, para tentar segurar a escalada da inflação de preços após a pandemia de Covid-19 e da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Ao manter os juros elevados, o BC faz uso de seu principal instrumento de política monetária para reduzir a inflação. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.

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Nos últimos meses, o índice de preços no Brasil tem desacelerado. No último mês, a prévia da inflação recuou para 0,07%. Segundo o IPCA-15, em julho o índice acumulava 3,19% nos últimos 12 meses, resultado abaixo do centro da meta preestabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 1,75% para 4,75%).

O comunicado do Copom divulgado nesta quarta-feira indicou queda da mesma magnitude nas próximas reuniões. Esse movimento de novos recuos esperados nos meses de setembro (0,5 ponto), novembro (0,5) e dezembro (0,5), se confirmado, levará a Selic a 11,75% ao ano na entrada de 2024.

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Histórico

Iniciada em março de 2021, a escalada da taxa Selic até o maior patamar desde o fim de 2016 teve o objetivo de conter o avanço da inflação. No período, 12 altas seguidas resultaram na elevação dos juros básicos de 2% para 13,75% ao ano, nível atingido em agosto de 2022 e mantido desde então.

O último recuo da Selic ocorreu em agosto de 2020, quando a taxa passou de 2,25% para 2% ao ano, o menor patamar da história. O nível persistiu até março de 2021, quando a alta da inflação resultou em 12 altas consecutivas dos juros básicos até o atual patamar, o maior dos últimos seis anos.

Entenda a Selic

A taxa básica é a mais baixa da economia e funciona como piso para os demais juros cobrados no mercado. Ela é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

A Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo a empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram em contratos de crédito são sempre superiores à Selic.

A taxa básica também é o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, perto da meta estabelecida pelo governo. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam alternativas de investimento.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

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