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Ministro de Minas e Energia descarta volta do horário de verão

Bento Albuquerque afirma que medida não gera economia, mesmo diante da crise de escassez hídrica no país

Economia|Do R7


Ministro Bento Albuquerque participa de evento em Minas Gerais
Ministro Bento Albuquerque participa de evento em Minas Gerais

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, descartou nesta quinta-feira (30) a volta do horário de verão, mesmo diante da maior crise hídrica no país. “O ministério fala pelo lado da economia de energia, e o horário de verão não se faz necessário no que diz respeito à economia de energia”, afirmou, após a inauguração de usina térmica em São João da Barra (RJ).

Leia também: Horário de verão só serviria para aumentar vendas, diz especialista

Embora a avaliação seja de que a medida não traz benefícios para a redução da demanda, o MME (Ministério de Minas e Energia) havia afirmado que estava em análise um estudo elaborado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) sobre a questão diante da crise de escassez hídrica no país.

O horário de verão, que costumava começar em outubro, deixou de vigorar no Brasil em 2019. Mas associações dos setores de alimentação, turismo e comércio têm reivindicado ao governo federal a retomada da medida.

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Em documento enviado ao presidente Jair Bolsonaro no início de setembro, as entidades argumentam que qualquer economia de energia seria relevante diante da gravidade da crise hídrica que o país enfrenta. Também alegam que a adoção do mecanismo pode beneficiar os setores que representam.

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O ministério disse ainda que tem estudado iniciativas para o deslocamento do consumo de energia elétrica dos horários de maior demanda para os de menor, de forma a otimizar o uso dos recursos energéticos.

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"Nesse sentido, a contribuição do horário de verão é limitada, tendo em vista que, nos últimos anos, houve mudanças no hábito de consumo de energia da população, deslocando o maior consumo diário de energia para o período diurno. Assim, no momento, o MME não identificou que a aplicação do horário de verão traga benefícios para a redução de demanda", explica a Pasta em nota.

Porém, foi solicitado ao ONS que reexaminasse a questão diante da atual conjuntura de escassez hídrica, considerando os estudos já realizados.

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Histórico

Criado com a finalidade de aproveitar o maior período de luz solar durante a época mais quente do ano, o horário de verão foi instituído no Brasil em 1931 pelo então presidente Getúlio Vargas e adotado em caráter permanente a partir de 2008.

No entanto, mudanças nos hábitos do consumidor e o avanço da tecnologia reduziram a relevância da economia de energia ao longo dos anos. Esse foi o argumento usado pelo governo para extinguir a medida, em abril de 2019.

À época, de acordo com estudo do Ministério de Minas e Energia, não havia economia tão relevante. Isso porque, como o calor é mais intenso no fim da manhã e no início da tarde, os picos de consumo acontecem nesse horário durante o verão, o que leva as pessoas a usarem mais o ar-condicionado.

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