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Mulheres ficam quase o dobro do tempo com afazeres domésticos do que os homens

Enquanto mulheres dedicam em média 21,3 horas por semana com tarefas de casa, homens ficam apenas 11,7 horas

Economia|Rafaela Soares, do R7, em Brasília


Maior desigualdade foi encontrada no Nordeste
Maior desigualdade foi encontrada no Nordeste Marcelo Camargo/Agência Brasil

A terceira edição do levantamento "Estatísticas de Gênero: Indicadores sociais das mulheres no Brasil", divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que as mulheres destinam quase o dobro de tempo em relação aos homens com afazeres domésticos e cuidados com pessoas. Segundo o estudo, a média semanal feminina é de 21,3 horas, enquanto a masculina fica em 11,7 horas.

O levantamento do IBGE mostrou que a maior disparidade de tempo entre os gêneros com atividades domésticas foi encontrada na região Nordeste, onde as mulheres gastam em média 23,5 horas por semana com esses afazeres, ao passo que homens dedicam 11,8 horas. O Centro-Oeste é a região onde os índices são os mais baixos: as mulheres têm uma média de 18,9 horas por semana e os homens, de 10,4 horas.

Veja detalhes abaixo

Segundo o IBGE, "a maior dedicação às atividades de cuidados de pessoas e/ou afazeres domésticos acaba por restringir uma participação mais ampla das mulheres no mercado de trabalho".


"Em 2022, a taxa de participação das mulheres com 15 anos ou mais de idade no mercado de trabalho (ocupadas ou em busca de trabalho e disponíveis para trabalhar) foi de 53,3%, enquanto entre os homens esta medida chegou a 73,2%, em média, uma diferença de 19,8 pontos percentuais", detalhou o instituto.

O estudo mostrou, ainda, que as mulheres têm uma carga horária semanal maior que a dos homens quando conciliam os afazeres domésticos com a jornada no mercado de trabalho. De acordo com o IBGE, o índice nacional é de 54,4 horas semanais para as mulheres e de 52,1 horas por semana para os homens.


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A região Sudeste tem os maiores indicadores, com média semanal de 55,3 horas para as mulheres e de 53,3 horas para os homens. A maior desigualdade foi na Região Nordeste, onde o público feminino tem uma média de 54,1 horas semanais e os homens, de 49,9 horas por semana, uma diferença de 4,2 horas.


Mulheres na educação

A pesquisa revelou que a maioria das pessoas no país com ensino superior completo são mulheres. Segundo a amostra, elas correspondem a 21,3% dos brasileiros com diploma na universidade, enquanto os homens são 16,8%.

Mulheres na política

O levantamento mostrou que o Brasil ocupa o 133º lugar no ranking global que mede a proporção de parlamentares mulheres em exercício em câmaras federais. A lista leva em conta 180 países e mostra que 17% do parlamento brasileiro é ocupado por mulheres.

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