A partir desta terça-feira (29), a Petrobras aumentará os preços nas refinarias em 1,1%, para gasolina, e 0,4% do diesel.
A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no dia 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores.
Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a estatal agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente.
Além da concorrência, na decisão de revisão de preços pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.
Repasse do reajuste
O aumento no valor dos combustíveis para as refinarias representa um possível aumento na bomba.
A Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes), que representa o setor varejista, não comenta qual será o impacto da alta nas refinarias para o consumidor final.
No entanto, ressalta que os preços dos combustíveis no Brasil são livres, e a cadeia é complexa. Segundo nota enviada ao R7, "os postos não compram combustíveis das refinarias, compram das distribuidoras. As distribuidoras, por sua vez, compram das refinarias e arcam com outros custos como fretes, custos do etanol anidro, que é misturado à gasolina, e os custos do biodiesel, que são adicionados à mistura do diesel".
A Fecombustível destaca também que a formação de preços dos combustíveis embute impostos estaduais e federais. "Portanto, a relação de preços das refinarias da Petrobras não é direta para o consumidor. Os custos dos combustíveis vendidos aos postos dependem do valor que compram combustíveis das distribuidoras", conclui a nota da federação.
Preços divulgados na última sexta
Semanalmente, a ANP (Agência Nacional de Petróleo) publica uma pesquisa de presos dos combustíveis para o consumidor final.
De acordo com a ANP, o valor médio da gasolina vendida nos postos brasileiros subiu em nove Estados na semana passada, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro.
Na média nacional, a alta foi de 0,29%, para R$ 3,773 o litro. Em outros 16 Estados brasileiros e no Distrito Federal o preço da gasolina recuou.
Em São Paulo, maior consumidor do País, o litro da gasolina subiu 1% na semana passada, de R$ 3,519 para R$ 3,554, em média, mesmo porcentual do reajuste no Rio de Janeiro, onde o combustível saiu de R$ 4,140 para R$ 4,182, em média, entre os períodos.
Em Minas Gerais houve queda no preço médio da gasolina de 1,24%, de R$ 3,863 para R$ 3,815 o litro.