Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Pratos típicos das festas juninas estão 9,15% mais caros, diz FGV

Os itens que mais aumentaram foram batata-inglesa (98,13%), farinha de trigo (21,75%), leite de coco (17,80%), fubá de milho (12,77%) e salsicha (12,30%)

Economia|

Movimentação durante quermesse de festa junina em Pinheiros, São Paulo
Movimentação durante quermesse de festa junina em Pinheiros, São Paulo Movimentação durante quermesse de festa junina em Pinheiros, São Paulo

Os produtos usados no preparo de pratos típicos das festas juninas estão, em média, 9,15% mais caros neste ano, aponta levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV). O aumento está acima da inflação acumulada no mesmo período de junho de 2018 a maio deste, que ficou em de 5,06%, segundo o IPC-10, também calculado pela FGV.

Os itens que mais aumentaram de preço foram: batata-inglesa (98,13%), a grande vilã do arraiá, farinha de trigo (21,75%), leite de coco (17,80%), fubá de milho (12,77%), salsicha e salsichão (12,30%).

Leia também: Tomate pesa no bolso e registra inflação de 28,64% em abril

Por outro lado, tiveram queda nos preços a farinha de mandioca (-23,47%), o bolo pronto (-1,98%), o açúcar refinado (-0,67%) e as bebidas destiladas (-0,02%).

Publicidade

Apesar do aumento de preços, a Associação Paulista de Supermercados (Apas) está otimista com as vendas no período de festas. A entidade espera um crescimento de 3,7% nas vendas em 2019 na comparação com o mesmo período do ano passado.

Segundo o economista da Apas Thiago Berka, o otimismo se deve principalmente pelo leve aumento no número de vagas formais de emprego em 2019. "As festas de São João acontecem bem no período pré-decisão da reforma da Previdência, o que, em conjunto com a alta do dólar, pode fazer os preços subirem um pouco. Por outro lado, o leve aumento dos empregos formais nos deixa otimistas para projetarmos vendas levemente superiores às da mesma época do ano passado, quando fechamos em alta de 3,5%", avaliou.

Publicidade

Na Santa Helena, uma das principais empresas de fabricação de alimentos derivados de amendoim, a demanda de produtos a base de amendoim cresceu cerca de 40% em relação ao ano passado e 10% comparada a 2017, de acordo com Carlos Gorgulho, gerente de novos negócios e exportação da empresa.

"Para o nosso setor, os meses de festa junina (maio, junho e julho) trazem em média um aumento de 25% nas vendas quando comparados à média dos demais meses do ano", explicou.

Publicidade

De acordo com dados da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), o amendoim com casca em abril chegou ao seu valor mais alto desde janeiro de 2017, alcançando R$ 6,41 o quilo, aumento de 48,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Quem quiser preparar as tradicionais maçãs do amor vai perceber que o preço do ingrediente tem caído nos últimos meses, porém a fruta ainda está 8,5% mais cara em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo a Ceagesp.

Na Ceagesp também há registro de queda no preço do milho verde em relação ao ano passado. Em abril de 2018, o milho era vendido a R$ 2,25 o quilo. No mesmo mês deste ano, o preço baixou para R$ 1,80, queda de 20%.

Além do milho verde, outro produto que aumenta consideravelmente suas vendas no mês de junho é o tradicional pinhão. Diante de sua sazonalidade e forte procura nestes meses devido às festas juninas, o pinhão aumenta as suas vendas no comparativo entre os meses de maio e junho: nos últimos dois anos, a elevação foi de 119% em média. A expectativa é que neste ano as vendas mantenham o mesmo ritmo.

Procura por item de decoração ainda é fraca

A procura por artigos de decoração para as festas juninas ainda está fraca na região da Rua 25 de Março, no centro de São Paulo. A expectativa dos lojistas é de que o movimento aumente a partir da segunda semana de junho.

"As vendas estão boas, mas para falar de crescimento ainda é cedo. Sempre temos boas expectativas. Acredito que por volta do dia 15 pode ser que dê uma melhorada, de repente, um aumento de 6% a 10% em relação ao ano passado", declarou Tony Andrade, diretor da Distribuidora São Marcus, que trabalha com itens pensados para a época.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.