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Prévia da inflação desacelera pelo segundo mês, mas preços de alimentos e bebidas têm alta

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 3,77%, abaixo dos 4,14% observados nos 12 meses imediatamente anteriores

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

Preço dos alimentos aumentou apesar de ritmo menor da inflação oficial FELIPE RAU/ESTADÃO CONTEÚDO – 01.12.2017

A prévia da inflação oficial do país voltou a desacelerar pelo segundo mês consecutivo e ficou em 0,21% em abril, informou nesta sexta-feira (26) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) teve uma queda de 0,15 ponto percentual em relação a março, quando marcou 0,36%, e atingiu o menor nível para o mês desde 2020.

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Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 3,77%, abaixo dos 4,14% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. O resultado se aproxima do limite do teto da meta estabelecida pelo próprio governo, que é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima (4,5%).

Apesar da queda, o resultado de abril foi influenciado pelo aumento nos preços de alimentos e bebidas, que subiram 0,61%. O grupo foi puxado pela alimentação no domicílio, que subiu 0,74%.

Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (17,87%), alho (11,60%), cebola (11,31%), frutas (2,59%) e do leite longa vida (1,96%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-8,72%) e as carnes (-1,43%).


O governo federal está concentrando esforços para reduzir os preços dos alimentos ainda no primeiro semestre deste ano, já que o aumento nos preços afeta a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em março, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que o preço do arroz começaria a cair em abril e que o governo estuda mudanças no Plano Safra. No mês, o item caiu 1,89%.


Preço dos transportes em queda

Os gastos com transporte caíram 0,49% em abril, resultado influenciado principalmente pela queda nos preços da passagem aérea (-12,29%). No ano passado, os bilhetes aéreos haviam puxado a inflação para cima, com alta de 47,24% entre janeiro e dezembro de 2023.

Em relação aos combustíveis (-0,03%), somente o etanol (0,87%) teve alta, enquanto o gás veicular (-0,97%), o óleo diesel (-0,43%) e a gasolina (-0,11%) registraram queda nos preços.


O grupo saúde e cuidados pessoais registrou alta de 0,78%, puxado pelo aumento dos produtos farmacêuticos (1,36%), após a autorização do reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março. O item planos de saúde (0,77%) segue incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2023 a 2024.

Por região

Quanto aos índices regionais, nove áreas tiveram alta em abril. A maior variação foi registrada em Recife (0,57%), por conta das altas do tomate (27,79%) e da gasolina (5,13%). Moradores de Belém, Salvador, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e São Paulo também sentiram impacto dos preços em abril, já que tiveram reajustes acima da média brasileira.

Já o menor resultado ocorreu em Fortaleza (-0,02%), que apresentou queda nos preços da passagem aérea (-17,10%) e da gasolina (-4,80%).

O IPCA-15 coleta preços de 15 de março a 15 de abril e os compara com aqueles vigentes de 16 de fevereiro a 14 de março de 2024. São consideradas para o estudo as famílias com renda entre um (R$ 1.412) e 40 salários mínimos (R$ 56.480) que vivem nas regiões metropolitanas do país.

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