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Produção industrial recua pelo segundo mês seguido, indica IBGE

No acumulado do ano, setor teve expansão de 2,5%, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo IBGE nesta quarta

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

Indústria recuou 0,9% em maio Amanda Oliveira/GovBA

A produção industrial brasileira caiu 0,9% em maio na comparação com abril, registrando a segunda queda consecutiva, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados nesta quarta-feira (3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No acumulado do ano, a indústria brasileira teve expansão de 2,5%.

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Em abril, o setor teve queda de 0,8%. O resultado foi corrigido pelo IBGE, já que, anteriormente, havia sido informado que o setor recuou 0,5% naquele mês.

Em relação a maio de 2023, a indústria recuou 1%, após avançar 8,4% no mês anterior. Já no acumulado nos últimos 12 meses, o avanço foi de 1,3%, reduzindo a intensidade no ritmo de crescimento em relação ao resultado do mês anterior.

Com o resultado de maio, na série com ajuste sazonal, a indústria eliminou o ganho de 1,1% acumulado nos meses de março e de fevereiro de 2024. A redução coloca o setor 1,4% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 17,8% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.


No índice desse mês, diferentemente do que havia sido observado no mês anterior, observou-se o predomínio de taxas negativas, uma vez que as quatro grandes categorias econômicas e 16 das 25 atividades industriais pesquisadas apontaram recuo na produção.

Entre as atividades, a influência negativa mais importante foi assinalada por indústrias extrativas, que recuou 3,4%. Outras contribuições negativas relevantes vieram de produtos alimentícios (-0,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-2,6%).


Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram assinaladas por veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuaram 11,7%, e produtos alimentícios (-4%). Outras contribuições negativas relevantes vieram de:

  • produtos químicos (-2,5%);
  • máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%);
  • produtos do fumo (-28,2%);
  • metalurgia (-2,8%);
  • máquinas e equipamentos (-3,5%);
  • impressão e reprodução de gravações (-15%);
  • e produtos diversos (-8,5%).

Por outro lado, entre as nove atividades que apontaram expansão na produção, indústrias extrativas (2,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%) exerceram os principais impactos em maio, com a primeira eliminando parte do recuo de 3,2% registrado em abril, e a segunda interrompendo cinco meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou perda de 4,2%.


Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com abril, bens de consumo duráveis (-5,7%) e bens de capital (-2,7%) assinalaram as taxas negativas mais elevadas em maio, com ambas revertendo os avanços registrados no mês anterior: 4,5% e 2,9%, respectivamente.

Maio de 2024 x maio de 2023

Em comparação com maio de 2023, a indústria teve queda de 1%, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 14 dos 25 ramos, 43 dos 80 grupos e 50,4% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que maio de 2024 (21 dias) teve 1 dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (22).

Entre as atividades, as principais influências negativas no total da indústria foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6%), máquinas e equipamentos (-8,9%), metalurgia (-5,6%) e produtos químicos (-3,6%).

Vale destacar também as contribuições negativas assinaladas pelos ramos de produtos do fumo (-22,9%), de produtos diversos (-11,5%) e de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-6,9%).

Por outro lado, ainda na comparação com maio de 2023, entre as 11 atividades que apontaram expansão na produção, produtos alimentícios (1,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (9,4%) e celulose, papel e produtos de papel (5,5%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria.

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