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Sete de cada dez contratados em 2019 recebem menos de R$ 1.500

Ministério do Trabalho aponta que pouco mais de 1% das vagas formais abertas até setembro ofereciam salário acima de sete salários mínimos

Economia|Alexandre Garcia, do R7

55% dos contratados recebeM entre R$ 999 e R$ 1.497
55% dos contratados recebeM entre R$ 999 e R$ 1.497

Mais de 68% dos 12,2 milhões de profissionais contratados para trabalhar com carteira assinada no Brasil entre janeiro e setembro firmaram acordo com as empresas para receber até R$ 1.497, valor equivalente a um salário mínimo e meio.

De acordo com os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), 55,4% (6,784 milhões) dos contratos assinados nos primeiros nove meses do ano pagam entre R$ 999 e R$ 1.497.

Outros 1,642 milhão de profissionais (13,4%) faturam até um salário mínimo (R$ 998), sendo que mais de 189 mil das vagas formais abertas ofereceram remuneração mensal inferior a R$ 500 mensais.

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O professor Estevão Garcia de Oliveira Alexandre, da Faculdade Fipecafi, avalia a baixa remuneração paga na maioria das contratações como um reflexo do tipo das ocupações requisitadas no mercado de trabalho.

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“São trabalhos mais operacionais, para pessoas que estão em início de carreira. Cargos de supervisão, gerência e diretoria estão mais estagnados”, observa ele.


A fala de Garcia pode ser constatada na avaliação de que os cargos abertos com remuneração entre sete (R$ 6.987) e mais de 20 (R$ 19.960) salários mínimos representam 143 mil novos funcionários ou apenas 1,1% do total de contratações.

No acumulado do ano até setembro, o Ministério do Trabalho mostra que 12.416.563 trabalhadores foram admitidos e 11.654.787 desligados no período.


As contratações maiores do que as demissões ao longo dos nove primeiros meses de 2019 representam um aumento de 761.776no número de postos de trabalhos com carteira assinada no Brasil.

Apesar da abertura do número de vagas em 2019, o nível de desempregados segue alto, com 12,6 milhões de pessoas em busca de uma colocação no mercado de trabalho, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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Ao mesmo tempo, 41,1% da população ocupada encontra-se em postos informais "O que se tem visto é que muitas pessoas estão indo para o subemprego”, lamenta Garcia.

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