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Desigualdade no Brasil atinge maior nível desde 2012, afirma IBGE

Indicador que mede distribuição, concentração e desigualdade econômica subiu de 0,501 para 0,509 na passagem de 2017 para 2018

Economia|Alexandre Garcia, do R7

1% dos brasileiros recebe 33 vezes mais do que metade da população mais pobre
1% dos brasileiros recebe 33 vezes mais do que metade da população mais pobre

O nível de desigualdade no Brasil atingiu no ano passado o maior patamar desde 2012, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (16), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

De acordo com os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), o índice de Gini de rendimento médio mensal recebido a partir do trabalho foi de 0,509 em 2018.

O resultado negativo, alcançado durante o governo do ex-presidente Michel Temer, é o maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

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Criado pelo matemático italiano Conrado Gini, o indicador mede distribuição, concentração e desigualdade econômica em determinado grupo. Ele varia de 0 (perfeita igualdade) a 1 (máxima concentração e desigualdade).

O levantamento de 2018 mostra ainda o maior aumento da desigualdade no Brasil em um único ano. Em 2017, o índice de Gini de rendimento era de 0,501, mesmo patamar registrado no ano anterior.


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Entre 2012 e 2015, o indicador apresentou tendência de queda, passando de 0,508 para 0,494. Nos anos seguintes, no entanto, o medidor da desigualdade voltou a subir até atingir a máxima histórica no ano passado.

O resultado ocorre em um momento em que o salário médio mensal de 1% dos brasileiros (R$ 27.744) é 33,8 vezes superior aos R$ 820 recebidos pela metade da população nacional.


Em 2018, os 10% da população com os menores rendimentos detinham 0,8% da massa salarial brasileira, enquanto que os 10% com os maiores rendimentos concentravam 43,1%.

Regiões

Na análise por localidades, as regiões Sul (0,448) e Centro-Oeste (0,486) apresentaram os menores índices. No Nordeste, Gini alcançou 0,520.

De 2017 para 2018, o indicador subiu no Norte, Sudeste e Sul, enquanto no Nordeste e Centro-Oeste houve retração. De 2015 a 2018, a trajetória de aumento do índice foi mais acentuada no Norte (de 0,490 para 0,517) e no Sudeste (de 0,483 para 0,508).

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Apesar da queda da desigualdade, de 0,531 para 0,520, o Nordeste ainda segue como a região com a maior concentração de renda no Brasil. Na sequência, aparecem as regiões Norte e Sudeste, onde o indicador registra 0,517 e 0,508, respectivamente.

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