Setor público tem déficit primário de R$ 21,3 bilhões em julho, indica Banco Central
No acumulado em 12 meses, valor chega a R$ 257,7 bilhões, o que corresponde a 2,29% do Produto Interno Bruto
Economia|Do R7
O setor público consolidado (governo central, estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras), teve déficit primário de R$ 21,3 bilhões em julho, valor inferior aos R$ 35,8 bilhões registrados no mesmo mês de 2023, informou o Banco Central nesta sexta-feira (30). No acumulado em 12 meses, o déficit chegou a R$ 257,7 bilhões, o que corresponde a 2,29% do PIB (Produto Interno Bruto), a soma de todas riquezas produzidas no Brasil.
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O resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público, antes do pagamento dos juros da dívida pública.
Os governos central, regionais e as empresas estatais registraram, respectivamente, déficits de R$ 8,6 bilhões, R$ 11 bilhões, e R$ 1,7 bilhão. O governo central é composto por governo federal, INSS e governos estaduais e municipais.
O resultado é 0,15 ponto percentual abaixo do acumulado em 12 meses tendo como referência o mês de junho.
As estatísticas fiscais mostram que os juros nominais do setor público não financeiro consolidado estavam em R$ 80,1 bilhões em julho. Na comparação com julho de 2023, este valor estava em R$ 46,1 bilhões.
No acumulado em 12 meses até julho deste ano, os juros nominais alcançaram R$ 869,8 bilhões (7,73% do PIB), comparativamente a R$ 641,3 bilhões (6,07% do PIB) nos 12 meses até julho de 2023, detalhou o BC.
O resultado nominal do setor público consolidado foi também deficitário, em R$ 101,5 bilhões. No caso do consolidado, inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados.
Em 12 meses, o déficit nominal acumulado chegou a R$ 1,12 bilhão, o que corresponde a 10,02% do PIB. Em junho, o déficit acumulado correspondia a R$ 1.108,0 bilhões (9,92% do PIB).