Shein assina acordo com dona da Forever 21 e vai vender produtos da rede norte-americana de lojas
Com a parceria, a varejista chinesa terá participação de cerca de um terço no Sparc Group, proprietário da varejista californiana
Economia|Do R7, com Reuters
A Shein anunciou nesta quinta-feira (24) o início de uma parceria com o Sparc Group, joint venture (empresa formada pela associação) entre a Authentic Brands, proprietária da Forever 21, e a administradora de shoppings Simon Property. A varejista chinesa terá uma participação de cerca de um terço no Sparc Group e vai incorporar a Forever 21 à sua plataforma de comércio digital.
O Sparc Group também se tornará um acionista minoritário da Shein, mas os detalhes financeiros do acordo não foram divulgados. O objetivo das empresas é expandir suas presenças no mercado.
A Shein atende a cerca de 150 milhões de usuários e, com a incorporação da Forever 21 ao marketplace, vai ampliar o alcance da rede norte-americana; ao mesmo tempo, terá acesso às lojas nos Estados Unidos.
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Essa parceria faz parte de uma iniciativa da marca de calçados Skechers, iniciada em junho, de aderir ao marketplace da empresa chinesa, que permite aos compradores adquirir produtos de vendedores com 'lojas' na plataforma da Shein, que foi lançada nos EUA em maio.
Para Liza Amlani, fundadora da consultoria Retail Strategy Group, apesar das críticas éticas, ambientais e políticas enfrentadas pela Shein, a empresa é atrativa para parceiros de negócios que desejam aumentar a visibilidade de suas marcas.
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O acordo entre as varejistas ajudará a Shein a ir além de sua principal base de clientes de moda ultrarrápida, composta principalmente pela geração Z, avalia Amlani. "Uma participação no Sparc permitirá à Shein reunir insights e estratégias de comercialização para lançar uma presença física", acrescentou.
No momento, a Shein não tem planos de abrir lojas físicas nos EUA ou em outras regiões, disse um porta-voz da empresa nesta quinta. A informação foi confirmada à reportagem do R7 por Marcelo Claure, presidente da companhia para a América Latina. "O negócio da Shein é o marketplace", explicou. Ele falou que as lojas popup, temporárias, que funcionam apenas alguns dias, têm a função de promover a marca, e vão continuar a ser abertas eventualmente, para apresentar a Shein aos consumidores, em diferentes localidades.