Sistema de reconhecimento facial de apostadores entra em fase de teste
Medida será obrigatória para apostas legalizadas a partir de janeiro; ferramentas de IA (inteligência artificial) ajudarão na fiscalização
Economia|Do R7, com informações da Agência Brasil
O IBJR (Instituto Brasileiro de Jogo Responsável) anunciou que a tecnologia de reconhecimento facial para apostas online está em fase de testes. A organização, responsável por 75% do mercado nacional de apostas, explica que o mecanismo será semelhante ao adotado pelas instituições bancárias. Essa etapa de segurança será obrigatória a partir de janeiro de 2025 para todas as casas de apostas legalizadas.
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O Brasil será o primeiro país a adotar esse mecanismo para prevenir fraudes e impedir apostas de menores de idade. Segundo o IBJR, ao longo do processo de aposta, a identidade do usuário e as informações cadastradas serão verificadas. Caso haja alguma inconsistência, a conta será automaticamente bloqueada.
A ferramenta de reconhecimento, além de impedir o acesso de crianças e adolescentes, também poderá identificar operações realizadas por fraudadores que invadem celulares para fazer apostas em nome de terceiros.
Menores de idade
A lei que regula as apostas online no Brasil proíbe a participação de menores de idade nas plataformas. Essa regra é reforçada nas portarias de regulamentação e atende ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Segundo o IBJR, ferramentas de inteligência artificial serão utilizadas para bloquear tentativas de acesso por crianças e adolescentes. Durante o cadastro, a biometria será cruzada com outros dados utilizados pelas plataformas, permitindo mapear possíveis condutas irregulares.
Bets liberadas
No dia 2 de outubro, o Ministério da Fazenda atualizou a lista das empresas de apostas autorizadas a operar no país até o final deste ano. Ao todo, são 100 plataformas autorizadas.
Em relação às cerca de 2.030 empresas e sites irregulares, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) começou a desativar as páginas em 11 de outubro. A agência reguladora notificou cerca de 21 mil empresas, incluindo provedores e operadoras em todo o país, para suspender o acesso aos sites da lista negativa.