Taxa do cheque especial sobe pela 1ª vez em 2020 e vai a 112% ao ano
Juros médios do cartão de crédito caíram 1,8 ponto percentual, mas são de 310,2% ao ano, segundo BC. As duas categorias são as mais caras do mercado
Economia|Pietro Otsuka, do R7
A taxa de juros do cheque especial registrou alta pela primeira vez no ano em agosto, depois de consecutivos meses de queda. A modalidade de crédito chegou ao patamar de 112,6% ao ano, aumento de 0,9 ponto percentual em relação a julho.
Já a taxa de juros do cartão de crédito caiu para 310,2%, queda de 1,8 ponto percentual em relação a julho. Mesmo assim, essa é a categoria de empréstimo mais cara do mercado. Por isso, o brasileiro deve evitá-la ao máximo a fim de não se endividar na conhecida "bola de neve".
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Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (28), pelo BC (Banco Central). Os percentuais são as médias de juros cobrados pelos bancos dos clientes que tomam dinheiro emprestado nas duas modalidades - as mais caras disponíveis.
Cheque especial
A taxa de juros do cheque especial teve alta pela primeira vez em 2020 e foi a 112,6% ao ano. Nos meses anteriores, a modalidade registrou quedas consecutivas, e chegou ao seu menor patamar no ano em julho (111,7%).
Considerando a taxa do cheque especial, uma dívida de R$ 1.000, adquirida agora, por exemplo, irá custar R$ 2.126 daqui um ano, caso as condições permaneçam iguais. Isso quer dizer, na prática, que o valor dobra um ano depois.
Cartão de crédito
A taxa de juros do cartão de crédito voltou a cair e agora está em 310,2% ao ano na média praticada pelos bancos brasileiros. Trata-se de um leve recuo em relação aos 312% ao ano registrados em julho.
Seguindo o mesmo exemplo usado acima, uma dívida de R$ 1.000, adquirida em agosto de 2020 no cartão de crédito, chegará a custar R$ 4.102 em agosto de 2021, se as condições se mantiverem as mesmas. Ou seja, o valor pago é quatro vezes maior do que a dívida inicial.
Alternativas de crédito
Como forma de fugir das taxas de juros do cheque especial e do cartão de crédito, uma boa alternativa é o crédito consignado. A modalidade registrou taxa de 18,9% ao ano, em média, em agosto, o sexto recuo em 2020.
Levando em conta a mesma dívida hipotética de R$ 1.000 tomada em agosto de 2020, o valor devido custará R$ 1.189 no ano que vem, caso as circunstâncias se mantenham as mesmas.
Nesta modalidade, uma das mais baratas disponíveis, o dinheiro é diretamente descontado da folha de pagamento do salário do trabalhador ou da aposentadoria.