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Tebet: preços dos alimentos estão altos também por falta de planejamento no passado

Segundo a ministra do Planejamento e Orçamento, preços dos alimentos estão altos não apenas por motivos climáticos

Economia|Do Estadão Conteúdo

Simone Tebet
Tebet: falta de planejamento no passado levou a alta dos alimentos Washignton Costa/MPO - 25.2.2025

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta sexta-feira (31) que os preços dos alimentos estão altos não apenas por motivos climáticos, mas também por falta de planejamento no passado, o que inclui o desequilíbrio fiscal que leva à depreciação do câmbio.

“É claro que tem fatores climáticos, é claro que tem certas situações — juntou tudo, é café, é ovo, é carne. O café deu um problema no Vietnã, e na nossa safra também. Mas é também porque nós não planejamos no passado”, declarou Tebet.

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Excetuando a Embrapa — um “caso de sucesso”, conforme a ministra —, ela questionou o que foi feito, “porteira para fora”, no sentido de reduzir desperdícios de alimentos tanto em supermercados quanto em residências ou para aumentar a produtividade e recuperar pastagens à produção no campo.

Numa crítica ao governo anterior, Tebet também questionou o que foi feito para combater o desmatamento na Amazônia, que causa secas em polos do agronegócio no Centro-Oeste. “O que nós fizemos para, nesses últimos 25 ou 30 anos, nos prevenir em relação às mudanças climáticas?”, acrescentou a ministra.


Ela não ignorou o impacto no câmbio nos preços provocado pelas incertezas em relação às contas públicas ao questionar o que foi feito no cambio fiscal para evitar um câmbio tão alto.

“Então, isso tem a ver com aquilo que nós deixamos de fazer. Deixamos é passado, agora é hora de fazer”, assinalou.


Tebet participou da abertura de um seminário, promovido pelo próprio Ministério do Planejamento, que reúne no período da tarde desta segunda-feira especialistas, autoridades públicas, representantes da sociedade civil, da academia e do setor produtivo para debater um planejamento estruturado aos próximos 25 anos. O evento acontece no auditório da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Essa estratégia, conforme a ministra, tem recortes claros, “para ninguém achar que essa é uma peça de ficção”. Visa objetivos em diferentes prazos: 2035, 2040 e 2050.


O Brasil, pontuou Tebet, precisa enfrentar o desafio trazido por uma população que envelhece. “O problema não é envelhecer, é que nós estamos envelhecendo mal, porque estamos envelhecendo sem ter enriquecido. É diferente da Europa, que enriqueceu antes, depois envelheceu”, declarou.

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