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Termoelétricas podem ser acionadas mais cedo por falta de chuvas, recomenda ONS

Operador garante que não há risco de desabastecimento, mas destaca medidas para garantir fornecimento de energia elétrica

Economia|Jéssica Gotlib, do R7, em Brasília


Região Norte é a mais afetada pela estiagem Reprodução/Tauan Alencar/MME/Arquivo

O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) emitiu nota nesta terça-feira (20) em que recomenda a adoção de pelo menos quatro medidas preventivas para ampliar a oferta de energia elétrica no país e reduzir o uso em horários de pico. As recomendações do órgão foram feitas em função da escassez de chuvas pelo país, o que pode comprometer o funcionamento de usinas hidrelétricas, principais fontes geradoras de energia elétrica do país. As sugestões foram apresentadas ao CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico). O ONS recomendou, entre outros pontos, o acionamento antecipado das usinas termoelétricas movidas a gás natural.

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“Com as chuvas abaixo do esperado, há uma menor disponibilidade de recursos hidráulicos, especialmente na região Norte do país, cuja contribuição para o atendimento à ponta de carga é fundamental. Dessa forma, para os períodos do dia de maior consumo de carga, que acontece à noite, especialmente, para os meses de outubro e novembro, o cenário exige a adoção de medidas operativas adicionais e de caráter preventivo”, diz o ONS.

Há uma recomendação especial para as usinas hidrelétricas do Norte, local mais afetado pela estiagem neste momento no país. A sugestão é reduzir o despacho das usinas hidrelétricas do subsistema que atende a região.

Isso significa tornar mínima a quantidade de energia elétrica gerada e enviada pelas usinas hidrelétricas do Norte para preservar os níveis dos reservatórios de água.


Outra medida recomendada é um maior uso dos chamados mecanismos de resposta da demanda. Neles, grandes consumidores de energia, como a indústria, são estimulados a poupar recursos através do recebimento de incentivos financeiros.

O Operador recomenda, também, aumentar a disponibilidade da potência energética no fim do período de seca. Isso seria possível adiando manutenções e antecipando o funcionamento de unidades atualmente indisponíveis.


O documento da instituição aponta para um possível adiantamento no contrato com a Termopernambuco, do grupo espanhol Neoenergia, para outubro de 2024. A empresa foi vencedora do Leilão de Reserva da Capacidade em 2021, mas o primeiro fornecimento estava previsto apenas para julho de 2026. Se confirmada, a ação adianta em cerca de um ano e meio o início da prestação de serviços.

Apesar das recomendações, o ONS “reforça que todas essas medidas adicionais são preventivas e tomadas justamente para atender a demanda da sociedade, não havendo risco de desabastecimento de energia”.


CMSE

O CMSE é o órgão responsável por acompanhar e avaliar permanentemente a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético em todo o território nacional.

Ele é presidido pelo ministro de Minas e Energia e composto por membros da pasta, da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), da ANP (Agência Nacional do Petróleo), da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e do ONS.

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