Varejo eletrônico deve crescer 64% nas vendas durante o Natal, prevê
Economia|Do R7
O volume de vendas projetado para o Natal deste ano cresceu de 2,2% para 3,4%, em comparação ao mesmo período de 2019, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento aponta que o feriado deve movimentar R$ 38,1 bilhões, impulsionado, em especial, pelo protagonismo do varejo eletrônico que vem ocorrendo desde março, início da pandemia da covid-19. Se a previsão se confirmar, o setor terá o maior avanço de vendas no período desde 2017.
Segundo a pesquisa, o varejo eletrônico deve reportar um crescimento de 64% nas vendas durante o Natal, em comparação a 2019.
Felipe Dellacqua, especialista em e-commerce e sócio da VTEX, multinacional que desenvolve plataformas de e-commerce, aponta que, "apesar de muitas pessoas estarem lotando lojas de comércio popular no centro, este Natal deve ser um dos mais digitais que já vivemos em relação às compras. A taxa de contaminação em relação ao novo coronavírus tem aumentado e as recomendações de isolamento social estão sendo reforçadas nesse momento." Para o especialista, o setor já vem se preparando para o Natal há meses e os lojistas estão mais capacitados para as vendas e entregas dentro do prazo.
Mesmo sob forte influência da pandemia, no entanto, a expectativa para as vendas também é grande. Para Dellacqua, os consumidores que não foram diretamente afetados pelo coronavírus, como com a perda de emprego, puderam economizar dinheiro com entretenimento e viagem por conta do distanciamento social. "Certamente, esse público aproveitará as oportunidades do Natal", explica.
No geral, Felipe resume que a alta demanda das vendas de Natal será "mais fácil" de lidar, pois desde abril, o setor passa por uma preparação contínua decorrente da forte procura. "Por outro lado, com o crescimento do setor logístico também durante essa pandemia, surgiram várias novas empresas para atuar nesse segmento, tirando o gargalo de grandes transportadoras e gigantes do setor logístico como Uber, Cabify e 99Taxi, que entraram na hall de serviços de entregas de e-commerce fazendo o lastime", completa.