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Viagens corporativas movimentam R$ 13 bilhões em novembro de 2024

Setor registrou um novo recorde, com crescimento de 5,8% no penúltimo mês do ano passado

Economia|Do R7

Luana Nogueira analisou aumento nos gastos em viagens corporativas Emerson Souza/Panrotas

O mês de novembro de 2024 registrou um novo recorde para o setor de viagens corporativas no Brasil. Segundo o LVC (Levantamento de Viagens Corporativas), realizado pela FecomercioSP em parceria com a ALAGEV (Associação Latino-Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas), as empresas brasileiras gastaram R$ 13 bilhões com serviços de turismo, representando um aumento de 5,8% em relação ao mesmo mês de 2023.

Esse crescimento também foi refletido no acumulado do ano. De janeiro a novembro, o setor movimentou R$ 122 bilhões, um crescimento de 5,4% em comparação com 2023, o que equivale a um aumento de R$ 6,3 bilhões. Com esses resultados, o setor atingiu números recordes desde o início da série histórica, em 2011.

Luana Nogueira, diretora-executiva da ALAGEV, aponta que o aumento nos gastos em viagens corporativas se deve à alta demanda característica de novembro. “Este mês é tradicionalmente marcado por uma intensa atividade corporativa, com empresas tentando encerrar o ano fiscal e organizacional antes do recesso de fim de ano. São realizadas diversas reuniões, feiras, congressos e eventos que buscam consolidar a presença das empresas no mercado e finalizar iniciativas estratégicas”, explicou.

Impacto da alta nos preços

Além do aumento no número de viagens, os preços mais altos também foram um fator relevante para o crescimento dos gastos. A pressão sobre os preços é especialmente forte em áreas críticas, como hospedagem e locação de veículos. Dados do FOHB (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil) indicam que, em novembro, a diária média de hotéis no Brasil aumentou em 7,8%. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também revelou que o aluguel de veículos teve um aumento superior a 22% nos últimos 12 meses.


Outro fator que impactou o custo das viagens corporativas foi o aumento dos gastos com alimentação. A inflação no setor alimentício também tem pressionado os preços dos cardápios nos restaurantes, refletindo no orçamento das empresas durante suas viagens.

Expectativas para 2025

Apesar dos desafios enfrentados, as projeções para este ano são otimistas. A expectativa é que o setor de viagens corporativas cresça em 4%, acompanhando a previsão de crescimento de 2% da economia brasileira. Esse crescimento está alinhado à recuperação econômica do país e à continuidade da necessidade de deslocamentos estratégicos para empresas de todos os setores.


Entretanto, a cotação do dólar é um desafio que pode impactar os custos de viagens internacionais. A alta da moeda americana, que ultrapassou a marca de R$ 6, tem levado ao aumento dos preços das passagens aéreas, o que representa um obstáculo para o planejamento orçamentário das empresas. Nesse cenário, os gestores de viagens corporativas têm buscado alternativas para mitigar esses custos, como planejar com mais antecedência e revisar as necessidades de deslocamento.

Luana Nogueira ressalta a importância de uma gestão eficiente diante desse cenário. “A alta do dólar exige uma mudança de postura dos gestores, que precisam buscar soluções mais eficientes para reduzir o impacto nos orçamentos corporativos, sem comprometer a eficácia das operações”, afirmou. Apesar das adversidades, o setor permanece confiante em manter um ritmo consistente de crescimento, impulsionado pela recuperação econômica e pela crescente demanda por viagens corporativas.

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