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Bolsa de R$ 3.000 por ano: entenda projeto para manter alunos no ensino médio

Chamada de Bolsa Permanência no Ensino Médio, a iniciativa pode beneficiar até 2,5 milhões de alunos

Educação|Do R7

Terão direito ao Bolsa Permanência os alunos que estiverem inscritos no CadÚnico, no Bolsa Família ou no EJA
Terão direito ao Bolsa Permanência os alunos que estiverem inscritos no CadÚnico, no Bolsa Família ou no EJA Terão direito ao Bolsa Permanência os alunos que estiverem inscritos no CadÚnico, no Bolsa Família ou no EJA

Foi aprovada na noite desta terça-feira (12), na Câmara dos Deputados, o projeto de lei nº 54/2021, que prevê bolsas de estudos de R$ 3.000 por ano para incentivar estudantes em situação de pobreza ou extrema pobreza a concluir o ensino médio. Chamada de Bolsa Permanência no Ensino Médio, a iniciativa pode beneficiar até 2,5 milhões de alunos.

“A previsão é que, já em 2024, após a sanção presidencial, sejam investidos R$ 6 bilhões no programa. Para 2025, o objetivo é garantir R$ 7 bilhões para a manutenção do projeto, totalizando R$ 20 bilhões até o final de 2026”, afirmou o deputado federal Pedro Uczai (PT-SC), ao apresentar o PL nº 54/2021.

Como funciona o incentivo

Terão direito ao Bolsa Permanência os alunos que estiverem inscritos no CadÚnico, no Bolsa Família ou no EJA (Educação de Jovens Adultos) e matriculados no ensino médio.

Serão fornecidas a esses estudantes duas bolsas: uma que prevê dez pagamentos de R$ 200 a cada mês, e a outra anual, de R$ 1.000, que será depositada numa conta em nome do estudante apenas se ele completar o ano letivo. A estimativa é que até 2,5 milhões de alunos possam ser beneficiados com o incentivo.

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Após a aprovação no 1º e 2º anos do ensino médio, o estudante terá a opção de sacar ou transferir até 40% dos valores depositados — ou seja, o aluno poderá retirar até R$ 400 no 1º ano e até R$ 800 no 2º ano. Segundo Uczai, o objetivo é proporcionar “flexibilidade financeira para os estudantes”.

Contrapartidas

Não basta passarem de ano; para terem direito à Bolsa Permanência, os estudantes deverão mostrar frequência mínima de 75% e comprovar matrícula escolar no ano letivo seguinte.

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Além de completarem todos os anos letivos do ensino médio, os alunos terão que fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para poder sacar os R$ 3.000 depositados pelo governo durante esse período.

Se, no final do terceiro ano, o estudante obtiver pontuação no Enem igual ou superior à média dessa avaliação, ele receberá uma parcela adicional.

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Melhorias

Na avaliação da ONG Todos pela Educação, a medida é bem-vinda, mas o programa de incentivos financeiros para estudantes “não deve ser visto como a grande solução para os problemas do ensino médio brasileiro, que são complexos e multifacetados”.

A organização também sugeriu aperfeiçoamentos ao programa apresentado na Câmara dos Deputados. Entre as melhorias que podem ser feitas estão o pagamento de valores maiores a alunos que estudam em tempo integral e uma avaliação frequente do Bolsa Permanência para entender se o incentivo financeiro realmente se traduz num índice maior de conclusão do ensino médio.

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