Programa com bolsa e poupança para estudantes será lançado na próxima semana, diz Lula
Presidente não mencionou qual será o valor dado aos alunos do ensino médio, mas expectativa é iniciar pagamentos em 2024
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou nesta terça-feira (21) que vai lançar na próxima semana o programa que prevê a criação de uma bolsa-permanência para estudantes do ensino médio, com o objetivo de incentivar o aluno a continuar na instituição de ensino e reduzir a evasão escolar no país. A expectativa é iniciar os pagamentos, cujos valores ainda não estão definidos, em janeiro de 2024.
"Vamos criar uma bolsa para estudantes do ensino médio não desistirem da escola. Vamos dar uma ajuda mensal. Na verdade, não é uma bolsa, é uma poupança, que no final dos estudos vai retirar para fazer o que quiser. Vamos anunciar na próxima semana", disse Lula durante transmissão nas redes sociais.
O R7 verificou que o entrave está na questão orçamentária. O Ministério da Educação avalia o valor da bolsa para definir se vai dar um benefício menor, a fim de atingir um número maior de estudantes, ou se vai dar um recurso de maior valor, que, em contrapartida, vai atender menos pessoas.
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O modelo analisado considera o pagamento de um valor mensal, uma espécie de mesada, e a outra parte deve ser em depósito, no formato de poupança, que poderá ser sacada quando o estudante concluir a etapa.
A criação da bolsa-permanência para alunos do ensino médio tem como objetivo a tentativa de tornar a escola mais atrativa para os jovens, sobretudo devido ao fato de muitos estudantes acabarem deixando o espaço para trabalhar. Uma pesquisa de opinião, realizada pelo Sesi e Senai, mostra que apenas 15% dos brasileiros com mais de 16 anos afirmam estar matriculados em alguma instituição de ensino.
Para 18% dos jovens de 16 a 24 anos, a razão para deixarem de estudar é uma gravidez ou o nascimento de uma criança. A evasão escolar por gravidez ou filho é o motivo apontado por mulheres (13%), moradores do Nordeste (14%) e das capitais (14%) — o dobro da média nacional, de 7%. O estudo ouviu 2.000 pessoas com mais de 16 anos de todos os estados do país.