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Casca de sururu vira vaso nas mãos de estudantes de Alagoas

Jovens premiados pela ONG Junior Achievement criaram uma miniempresa por desenvolver um projeto de impacto ambiental 

Educação|Karla Dunder, do R7

Gabriel Mirelle e Karen da equipe Manutilidades e os vasinhos
Gabriel Mirelle e Karen da equipe Manutilidades e os vasinhos Gabriel Mirelle e Karen da equipe Manutilidades e os vasinhos

Ao olhar com atenção ao entorno da escola do Sesi Abelardo Lopes, próximo ao complexo da lagoa Manguaba, em Maceió, um grupo de jovens percebeu que pesca do sururu é a principal fonte de renda do local, mas as cascas do marisco – cerca de 6 toneladas por dia – geram um problema ambiental sério.

“Essas cascas ficam acumuladas no chão, mas são ricas em cálcio, o que em grande volume, podem impermeabilizar o solo”, explica Gabriel Gomes, que criou a miniempresa Manutilidades, equipe vencedora do Prêmio Miniempresa Brasil 2019 by Dell, organizado pela ONG Junior Achievement.

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Gabriel juntamente com Mirelle Celiane Sarmento Paz e Karen Fernanda Rodrigues Costa e outros 19 jovens criaram a Manutilidades, que transformou um problema em solução. Eles trituraram as cascas e misturaram com cimento para produzir vasos. “Fizemos essa pesquisa na escola, que promove a iniciação científica, e utilizamos os laboratórios do Senai para fazer os testes para chegar ao produto que é muito resistente”, avalia Gabriel.

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O Miniempresa é um programa com duração de 15 semanas e realizado no contra turno escolar e é direcionado para alunos do ensino médio, que aprendem como funciona uma empresa na prática. Os adolescentes planejam e atuam em todas as áreas, produzem e vendem um produto, apuram os resultados da empresa e remuneram com valores simbólicos todos os envolvidos.

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Bety Tichauer, diretora superintendente da JA Brasil, conta que a metodologia usada pela ONG foi doada pela Universidade de Harvard há 100 anos e é utilizada até os dias de hoje. A ideia é preparar os jovens para o mercado de trabalho e para isso eles participam de toda a cadeia produtiva.

“Promovemos uma competição entre escolas de 27 estados do Brasil com estudantes do segundo ano do ensino médio, levamos profissionais voluntários que trabalham em empresas ou que passaram pela JÁ, uma oportunidade para o jovem se inspirar e trocar experiência”, diz Bety.

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