Enem 2023: provas estão em malotes lacrados, sob vigilância, em galpões com segurança máxima
Cadernos estão prontos desde o primeiro semestre e só serão abertos após o fechamento dos portões de cada escola
Educação|Agência Brasil
Nos próximos dois domingos, 5 e 12 de novembro, mais de 3,9 milhões de candidatos vão fazer as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em todo o país. A realização do exame conta com a participação de quase meio milhão de pessoas, entre os processos de elaboração, impressão, armazenamento, distribuição e aplicação das provas.
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As questões que compõem o teste são definidas ainda no fim do primeiro semestre. Tudo começa com a publicação de um edital para a seleção de colaboradores para a produção do exame. Os itens, como são chamadas as questões, são elaborados conforme os parâmetros do Enem e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Após passar por revisores e especialistas, cada questão é testada antecipadamente por um grupo de estudantes e classificada de acordo com a dificuldade. Assim, é possível compor várias provas do Enem, com temas diferentes mas com o mesmo nível. O processo é sigiloso, e os estudantes não sabem que estão respondendo a possíveis questões do Enem.
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Os itens aprovados passam a integrar o Banco Nacional de Itens (BNI), um repositório de questões à disposição do Inep para uso em futuras provas do Enem. Para ter acesso a ele, é preciso seguir um protocolo de segurança. Todos os servidores e colaboradores com autorização de acesso aos itens assinam termos de sigilo e confidencialidade.
O Enem é composto de uma prova de redação e quatro provas com 45 questões objetivas cada uma: linguagens, matemática, ciências humanas e ciências da natureza.
Impressão e distribuição
Após concluída a escolha das questões, a prova é enviada à gráfica, em um esquema de segurança máxima. A diagramação é feita por colaboradores dentro de uma sala segura. A videoprova em Libras é gravada em um estúdio montado dentro do Inep.
A distribuição das provas para todas as capitais começa no início do quarto trimestre, com escolta da Polícia Federal ou da Polícia Rodoviária Federal. Elas são encaminhadas para galpões logísticos de segurança máxima e ficam sob vigilância até o dia da aplicação.
Os malotes com as provas, já separados por sala e local de aplicação, são lacrados ainda na gráfica e só podem ser abertos após o fechamento dos portões.
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