'Continuamos tranquilos e otimistas para o Enem', diz ministro do MEC
Abraham Weintraub rechaçou problemas para a realização do exame, no início de novembro, e festejou dados do Censo da Educação Superior do país
Educação|Do R7
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, rechaçou a existência de problemas no cronograma do Enem 2019 (Exame Nacional do Ensino Médio), marcado para os dias 3 e 10 de novembro, além de garantir o bom funcionamento do Inep ((Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável pela elaboração do exame. As declarações foram dadas durante a divulgação do Censo de Educação Superior 2018, em Brasília.
Em abril, a gráfica contratada para a diagramação e a impressão das provas do Enem pediu falência e o Inep foi forçado a substituição da empresa que realizaria o serviço. No entanto, o órgão garantiu que não haveria alterações nas datas do exame.
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"A despeito de algumas ilações de um ou outro veiculo de comunicação sobre o risco de paralisia do Inep, a gente não ve nenhuma constatação na prática. Faltam 45 dias para o Enem. Todas as reportagens que incitavam certo terrorismo nas pessoas que vão fazer o Enem não estão se materializando. Tudo absolutamente correndo normal. Continuamos tranquilos e otimistas para o Enem", enfatizou o chefe do MEC.
Eficiência na educação
O ministro da Educação, Abraham Weintraub reforçou o compromisso do Governo Federal em melhorar a eficiência do ensino superior brasileiro. Para tanto, uma das medidas será reduzir o grau de desistência dos estudantes.
"Qualquer atividade econômica tem que ter critérios de eficiência. A gente é muito ineficiente no Brasil. Mais da metade dos ingressantes desiste ao longo do cruso. Há também um eleva grau de pessoas que ficam muito mais tempo que o necessário para concluir o curso. Se a gente reduzisse essa ineficiência, a gente conseguiria dobrar o número de pessoas com ensino superior completo utilizando os mesmos recursos que existem, sem nenhum investimento", analisou o ministro.
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Abraham Weintraub revelou que a menor taxa de desistência entre os estudantes que completam o curso superior ocorre entre os alunos de extratos mais humildes da população. Para o ministro, o dado merece ser visto como um ponto de reflexão.
"Esse jovem que está vendendo o almoço para comprar o jantar escolhe direito o curso que vai fazer e quando, entra leva, a sério. Ele faz mais do que os outros", frisou Weintraub.
Ensino à distância
O ministro destacou também o crescimento da demanda por cursos de ensino à distância entre os estudantes brasileiros, item registrado pela primeira fez nas pesquisas realizadas pelo Inep. "'E uma tendência nacional e mundial. Só tende a se consolidar e ampliar", complementou.
Censo da Educação Superior
De acordo com dados do Censo da Educação Superior de 2018, o Brasil tem 8,4 milhões de estudantes no ensino superior, somados alunos das redes pública e privada.
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O censo — que abrange estatísticas sobre cursos de graduação e sequenciais, presenciais e a distância — mostrou ainda que, em 2018, cerca de 3,4 milhões de estudantes se matricularam em faculdades e universidades brasileiras. A pesquisa revelou também que 1,2 milhão de estudantes concluiu a educação superior no ano passado.
As informações do censo foram coletadas em 2.537 instituições, sendo 2.238 instituções privadas, grupo que reúne 75% dos estudantes matriculados (cerca de 6,3 milhões de alunos).