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Dia da consciência negra: alunos celebram tradições africanas

Estudantes transformam a realidade local a partir de pesquisas, resgaste e valorização da cultura e da história dos negros no Brasil

Educação|Karla Dunder, do R7

Jovens resgatam as tradições e a identidade da cultura negra no Nordeste
Jovens resgatam as tradições e a identidade da cultura negra no Nordeste Jovens resgatam as tradições e a identidade da cultura negra no Nordeste

Estudantes de todo o Brasil comemoram o dia da Consciência Negra de um jeito muito especial: valorizando a cultura africana. Para celebrar os 300 anos da morte de Zumbi dos Palmares, jovens do projeto Criativos da Escola, do Instituto Alana, discutem o racismo, mas também valorizam as tradições quilombolas.

Como o projeto "Consciência, Cor e Arte " desenvolvido por alunos do 5º ano do Ensino Fundamental ao 2º ano do Ensino Médio da Escola Municipal Milton Pessoa. Os alunos junto com as Associações Quilombolas do Livramento e Águas Claras, de Triunfo (PE), observaram práticas racistas e também a falta de informações sobre a cultura negra e a negação da identidade quilombola da região.

A ação começou quando professores passaram a discutir o tratamento dado às comunidades quilombolas no entorno da escola. As piadinhas e o preconceito entraram no debate. Para entender como esse tipo de comportamento impactava na vida dos colegas quilombolas, o grupo realizou um questionário com os alunos da comunidade. Os resultados mostraram que 80% se utilizava de eufemismos para caracterizar sua cor; 52% afirmava o desejo de alisar o cabelo e 62% desconhecia a história da sua comunidade.

Depois de notarem as consequências na vida dos colegas, os alunos organizaram um cronograma de atividades para valorizar a cultura negra, e produziram dois curtas-metragens: Vozes do Livramento e Na Batida das Águas Claras, que contam com depoimentos de idosos quilombolas.

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“Os estudantes passaram a refletir sobre o que é ser um jovem quilombola, a valorizar a comunidade e a identidade”, avalia Gabriel Salgado, coordenador do programa Criativos da Escola, do Instituto Alana.

Em 'Filhos do Deserto' alunas pesquisam a história das casas do município
Em 'Filhos do Deserto' alunas pesquisam a história das casas do município Em 'Filhos do Deserto' alunas pesquisam a história das casas do município

A história também está presente no livro digital produzido por estudantes da cidade de Rio do Antônio (BA). Filhos do Deserto começou como um projeto de pesquisa nas antigas casas de escravos do município.

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Alunas do 9º ano do Ensino Fundamental do Centro de Educação Municipal Florindo Silveira visitaram três destas casas – que estão em condições precárias – e construídas há quase 200 anos. Lugares que no passado foram usados como “casa grande e senzala”. Para perpetuar e espalhar as memórias físicas e culturais, as alunas prepararam dossiês, em áudio e vídeo, sobre essas visitas e que tomou forma de um e-book.

Também na Bahia, alunos organizam a Gincana do Orgulho Negro em Salvador. A ação discute a questão racial e combate o preconceito na comunidade escolar.

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Empoderamento da Mulher Negra : alunas de Casa Nova (BA) utilizam história para valorizar e reconhecer a cultura afro-brasileira na sociedade.

As danças ancestrais estão presentes entre estudantes de Candiba (BA), que mantêm grupo focado em ritmos africanos como uma alternativa cultural ao tempo ocioso dos jovens no período extraescolar.

Criativos na Escola

O projeto Criativos da Escola valoriza ações transformadoras de estudantes de todo o Brasil. A ideia é reconhecer, valorizar e divulgar as iniciativas de crianças e adolescentes que de alguma maneira impactam a sociedade.

A iniciativa faz parte do Design for Change, um movimento que atinge 65 países, que reconhece os jovens como protagonistas e responsáveis pelas mudanças que produzem.

“Nossa proposta é valorizar esse olhar de transformação da realidade”, explica Gabriel Salgado, coordenador do programa Criativos da Escola, do Instituto Alana.

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