O primeiro dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo, 5, está marcado pelos impactos do temporal e da falta de energia em parte de São Paulo e por problemas na alocação de candidatos longe de casa.NÃO PERCA! R7 e Aprova Total divulgam gabarito e fazem correção ao vivo a partir das 19h Parte deles acordou cedo para cruzar a cidade até o local de prova, com deslocamentos de mais de uma hora e meia, enquanto outros se diziam aliviados por não estarem entre os cerca de 1 milhão de pessoas sem luz na capital. Com expectativa de cursar direito, Carolina Baruti, 17 anos, disse que não conseguiu descansar o suficiente. Ela dormiu apenas às 2 horas da madrugada e teve de acordar às 7 horas para se organizar e se alimentar com calma antes de sair do bairro de José Bonifácio, na zona leste, até o ponto de aplicação do exame.• Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo Telegram No ano passado, a estudante prestou o Enem em uma escola a cinco minutos a pé. Desta vez, como não conhecia sua escola, saiu bem mais cedo para garantir que acharia o endereço sem contratempos. Ela também ficou cerca de sete horas sem energia em casa no sábado, por causa da queda de uma árvore na vizinhança. Os últimos dias foram marcados por reclamações de candidatos alocados em pontos de aplicação distantes do endereço de residência. Segundo edital do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), nenhum aluno poderia fazer prova a uma distância superior a 30 quilômetros de onde mora. O instituto disse que esses candidatos poderão fazer a prova em 12 e 13 de dezembro. Cerca de 50 mil pessoas estão nessa situação, o que representa 1% do total. Também da zona leste, a estudante Maiara Silva, 18 anos, pegou trem e metrô de Guaianazes para a região da Aclimação. Outra participante, Mariana de Melo, 17 anos, levou uma hora até o local de prova. Moradora da Vila Guilhermina, na zona leste, ela saiu de casa às 9h30. A treineira Sophia Akemi, 17 anos, foi outra que saiu da zona leste para fazer o exame, mas contou com uma carona do pai até a escola. "Ainda há pouco, quando saí de casa para fazer a prova, estava sem energia. O apagão começou com o temporal, por volta de 15h30 de sexta-feira, e a energia ainda não foi restabelecida", disse a estudante Nicolly de Oliveira Santos, 18 anos, que esperava a abertura dos portões no prédio da Universidade Paulista (Unip) na região da rua Vergueiro. Ela mora na zona norte da cidade e não conseguiu revisar os conteúdos como pretendia. "Todo o bairro estava sem luz e internet, inclusive a minha escola, então não tinha o que fazer. Relaxei e estou aqui", disse. Victor Felipe Lima da Silva, 17 anos, mora na mesma região e também ficou sem energia em casa. Ele já fez o Enem no ano passado e se acha mais preparado. "Tive que me adaptar ao novo itinerário do ensino médio, e isso atrapalhou um pouco." A concessionária CPFL informou que mobilizou todos os recursos para restabelecer a energia no mais curto espaço de tempo nas regiões afetadas pela tempestade, em Sorocaba. A prefeitura disse que organizou os sistemas de trânsito e transporte para atender o Enem. A aplicação ocorre após o temor de que a energia elétrica não fosse restabelecida em todos os pontos de aplicação da prova após as fortes rajadas de vento de sexta-feira. A concessionária Enel se comprometeu em restabelecer o serviço em todos os locais de prova, com a disponibilização de gerador em casos excepcionais. Os pedidos de reaplicação por alocação em local distante da residência poderão ser feitos na página do participante entre os dias 13 e 17 de novembro. As solicitações serão analisadas pelo instituto. Candidatos afetados por problemas logísticos durante a aplicação ou acometidos por doenças infectocontagiosas na semana que antecede o primeiro ou o segundo dia de aplicação das provas também podem solicitar a reaplicação
