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Educação

Ex-faxineiro passa em medicina usando método de memorização

Bruno Eulálio Santos foi aprovado em universidade federal e usava os flash cards para estudar e se preparar para o Enem

Educação|Alex Gonçalves, do R7*

Bruno Eulálio Santos, 22 anos
Bruno Eulálio Santos, 22 anos

Bruno Eulálio Santos, 22 anos, é natural de Ressaca, Minas Gerais. Ele foi aprovado no curso de medicina com o Sisu 2020 (Sistema de Seleção Unificada) — na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).

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O ex-faxineiro conta como o método de memorização pelos flash cards o ajudou a vencer nos estudos, mesmo trabalhando em tempo integral. Bruno soube aliar a criatividade com a falta de tempo para alcançar o seu objetivo.

O jovem decidiu usar os cartões para conseguir memorizar e revisar as matérias nas folgas do trabalho e na condução.


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Estudante de escola pública, Bruno trabalhava em um lava-rápido em Ressaca (MG), quando surgiu a oportunidade de morar em Balneário Camboriú (SC). Ele foi trabalhar como ajudante geral na área da faxina de um hospital particular na cidade. Ali descobriu que gostaria de trabalhar na área da saúde e começou a estudar para cursar medicina.


Foram mais de 1.300 flash cards criados
Foram mais de 1.300 flash cards criados

Ele aprimorou um método já conhecido por muitos estudantes, os flash cards. Um cartão com informações de ambos os lados, que deve ser usado como auxílio no processo de memorização. Bruno criou mais de 1.300 cartas com perguntas direcionadas para lembrar o conteúdo estudado de acordo com o seu cronograma de estudo.

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Em cada bloco de cartas, no formato adaptado para carregar dentro do bolso da calça, tinha recomendações práticas para o momento da prova, frases de incentivo, como também a indicação da semana de estudo.

"Eu sabia que não seria uma missão fácil, pois o meu trabalho exigia muito do meu tempo e para que eu pudesse ter mais conteúdo nos meus cartões", conta. "Ingressei em um cursinho online e passei a incluir as revisões nos flash cards", explica Bruno. 

A sua rotina de estudo com os cartões era variada. Bruno conta que não seguia um padrão de horas de estudos por conta de sua rotina. “Eu não recomendo para ninguém essa dupla jornada de estudos e de trabalho, por vezes, assistia as aulas gravadas do cursinho porque não conseguia acompanhar, devido ao dia a dia no hospital".

Os cartões reuniam conteúdo de todas as disciplinas. As revisões eram feitas no percurso do trajeto entre a casa e o hospital. Segundo o estudante, ele não ultrapassava as 7 horas de estudos diários. "Em casa eu estudava todos os dias quando eu chegava do trabalho e também enquanto estava no ônibus". 

Bruno explica que quando terminou o contrato com o hospital, em março do ano passado, ele conseguiu se dedicar integralmente à faculdade de medicina com a ajuda da irmã. "Resolvi focar nos estudos e tive mais tempo para trabalhar a mente. E isso me ajudou a conquistar o meu objetivo." 

*Estagiário sob supervisão de Karla Dunder

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