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Fuvest muda modelo da redação e dá a possibilidade de escolha de gênero textual

Especialista elogia mudança e diz que no restante da vida o aluno ‘não vai mais escrever no modelo clássico, ele vai é redigir e-mail’

Educação|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Fuvest permite que os candidatos escolham entre elaborar redações dissertativas ou narrativas na segunda fase do vestibular.
  • A mudança é inspirada no modelo da Unicamp e foi testada em simulado.
  • O especialista Erik Anderson destaca que essa abordagem avalia a capacidade de comunicação dos estudantes em diferentes gêneros textuais.
  • Anderson recomenda que os candidatos revisem temas anteriores e pratiquem gêneros como relatos e crônicas para melhorar a performance na prova.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

A Fuvest, vestibular que dá acesso à Universidade de São Paulo (USP), uma das mais prestigiadas do mundo, vai sofrer mudanças. A partir das provas da segunda fase que serão aplicadas neste domingo (14), a redação pode ser escrita como um modelo dissertativo ou um narrativo, tudo depende da escolha do vestibulando. As duas opções terão como referência a mesma seleção de textos, e o candidato deverá escolher só uma proposta.

A mudança é comparada ao modelo da Unicamp e foi testada em um simulado em abril deste ano. O professor e especialista em legislação educacional e inspeção escolar Erik Anderson acredita que a mudança irá testar a capacidade de um estudante em comunicar-se por meio de outros gêneros, além dos tradicionalmente cobrados em outras provas como o Enem. Ele entende que isso pode ser uma dificuldade para os estudantes acostumados com este modelo.


“Aquele estudante que já tem uma capacidade de se comunicar melhor por gêneros textuais a partir de situações concretas que são postas vai ter mais facilidade em manejar o gênero textual solicitado”, disse em entrevista ao Conexão Record News desta quinta (11). Como exemplos de ‘situações concretas’, o professor citou os temas propostos pela Unicamp em 2025, em que a primeira proposta de redação era um relato pessoal sobre a machosfera e o discurso de ódio contra a mulher e a segunda era uma nota de esclarecimento sobre a importância histórica da consolidação das leis de trabalho.

Professor acredita que mudança irá avaliar melhor as capacidades de comunicação e escrita dos candidatos Reprodução/Record News

Anderson completa que esse tipo de modelo leva a uma avaliação mais abrangente, pois força o aluno a escrever um texto a partir de um lugar social e opina que ele treina melhor o aluno para ações do dia a dia: “O candidato vai, como ator social, colocar as suas ideias com coerência e fazer as reflexões necessárias para ser bem avaliado. [...] No restante da vida ele não vai usar mais aquele modelo com introdução, desenvolvimento e conclusão, ao ingressar na universidade, ele vai é redigir e-mail”.


Por fim, o especialista aconselha os candidatos que ainda vejam os temas passados e os tipos de gêneros pedidos, como depoimentos, relatos e crônicas para poder praticá-los e assim ter uma boa prova.

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