Guedes defende voucher para Educação e volta a criticar o Fies
Ministro da Economia participa de reunião da Comissão da Educação da Câmara e anuncia desbloqueio de R$ 900 mi
Educação|Do R7
O ministro da Economia, Paulo Guedes, compareceu nesta terça-feira (1°) na Comissão de Educação para explicar os cortes de orçamento para o ensino superior. De acordo com informações dadas durante a reunião, o serão desbloqueados R$ 900 milhões para as instituições, no entanto, sem confirmação de uma data para a liberação desse recurso.
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Guedes insistiu no "voucher para os mais pobres para essas pessoas tenham acesso a mais recursos." O ministro também criticou o Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior). "Um jovem que está começando sua vida, termina a graduação endividado e não consegue um emprego? Como vai pegar essa dívida?", questiona. "Nesse contexto defendo o voucher para esses estudantes da periferia, o Fies funciona melhor para uma família de classe média, estabelecida, que tem condições de pagar essa dívida depois."
O ministro reforçou "que o voucher é transferência de renda, uma doação, não uma dívida."
Durante sua apresentação, o ministro da Economia informou que o orçamento para a Educação tem crescido ao longo dos anos, o que foi rebatido pela Deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), que comparou o crescimento do orçamento do ministério da Defesa. Ela também destacou não apenas a falta de investimento nas universidades, pesquisa como também a falta de uma discussão sobre as metas do Plano Nacional de Educação.
O corte do MEC (MInistério da Educação) foi de R$ 4,2 bilhões no orçamento.Também houve um congelamento das verbas discricionárias da pasta, o que prejudica diretamente o funcionamento das 69 instituições de ensino no próximo semestre.
O requerimento para a vinda do ministro foi assinado pelos deputados Sâmia Bomfim (Psol-SP), Glauber Braga (Psol-RJ) e Ivan Valente (Psol-SP).
Na opinião dos deputados, o Ministério da Educação não tem gasto uma parcela considerável dos recursos que são assegurados pelo Orçamento, penalizando os investimentos necessários nas universidades públicas. Segundo eles, a educação superior, em 2020, recebeu recursos que correspondiam a 75% da dotação de 2015.